O casal de Tapirus, Magali e Jorge, popularmente conhecido como antas, foram soltos na Reserva Ecológica de Guapiaçu (Regua), em Cachoeiras de Macacu, um área de proteção ambiental de 6,6 mil hectares. Maior mamífero terrestre do Brasil, a espécie foi considerada extinta na natureza no Estado do Rio.
Nascidas no Jardim Zoológico, em São Cristóvão, o casal agora faz companhia na floresta a Flora, Júpiter, Eva, Valente e Floquinho, antas que foram reintroduzidas na área por meio do projeto. Na semana que vem, mais dois exemplares, oriundos de Sorocaba (SP), serão soltos na mata. Em seguida, será a vez de Aluísio, irmão de Jorge e Magali que ainda vive no Zoológico do Rio.
Os animais soltos recebem um colar com GPS e rádio transmissor, brinco de identificação e microchip embaixo da pele, para que sejam monitorados. A partir dessa reintrodução, o projeto vai pesquisar a capacidade de dispersão de sementes e ecologia espacial feita pelas antas, com a expectativa de que elas dispersem para o Parque Estadual dos Três Picos e outras áreas florestadas na região.
No Rio, o último registro do animal em seu habitat natural foi no início do século passado, no ano de 1914. Para ajudar a mudar essa realidade, um projeto apoiado pela Prefeitura, o Refauna, está reintroduzindo antas na Mata Atlântica.
“A reintrodução na natureza de um animal ameaçado de extinção é um momento muito importante para o meio ambiente e para a sociedade. E o zoológico cumpre um importante papel nesse processo. A função do Zoológico do Rio, por meio da Fundação RioZoo, é também esse tipo de atividade, de soltura e de estímulo à reprodução de animais que estão em extinção. O zoológico não é só para exposição de animais, mas tem que defender também a conservação das espécies animais. A soltura dessas antas é um momento histórico“, afirma Suzane Rizzo, presidente da Fundação RioZoo