Localizado em Jacarepaguá, as construções históricas de uma antiga fazenda, que posteriormente foram usadas em um hospital psiquiátrico, estão em lastimáveis condições. Além de todo o problema de conservação que pode ser visto a olho nu, as estruturas correm risco de desabar.
De acordo com texto de Luana Ferreira, que se baseou em um artigo científico de Inês El-Jaick Andrade para denunciar o problema na página Rio Antigo, “além dos vestígios materiais dos Engenhos, o sítio abriga fragmentos históricos de outros momentos significativos, como o do funcionamento da antiga Colônia Juliano Moreira. Havendo, assim, a transição de uma arquitetura colonial, que no Brasil misturava traços renascentistas, maneiristas, barrocos, rococós e neoclássicos, para uma arquitetura pavilhonar e hospitalar, fundamentada nas teorias higienistas que vigoravam no período”.
A Prefeitura, através da Subprefeitura de Jacarepaguá, garantiu que os cuidados básicos, como o corte de grama, limpeza, além de incentivar o turismo local, serão realizados.
Contudo, Luana Ferreira, que chegou a se reunir com gestores públicos para debater o problema alerta que: “Não é só limpar. Porque a estrutura pode cair. Sei que ali é complicado por conta dos tombamentos, mas se nada de mais concreto for feito, a estrutura vai cair”.
Luana Ferreira conta, ainda, que “a partir de 1789, esse engenho passou a ser conhecido como Engenho Novo de Jacarepaguá. Algumas construções do Engenho Novo ainda existem na CJM e foram tombadas pelo IPHAN e pelo INEPAC. A sede da fazenda e a Igreja de N. S. dos Remédios, tombadas pelo INEPAC em 1990, são remanescentes do século XIX”.
Em 1938, o trecho final do aqueduto foi tombado pelo IPHAN. A jazida arqueológica do aqueduto foi registrada em 1962 no Cadastro Nacional de Sítios Arqueológicos do IPHAN. Esta parte do sítio pertence ao campus FIOCRUZ Mata Atlântica.
O Núcleo Histórico Rodrigues Caldas foi inaugurado em 1924 como o primeiro conjunto do pavilhão da colônia agrícola para asilar alienados em Jacarepaguá. Em 1996, a Colônia Juliano Moreira foi municipalizada e passou a se chamar Instituto Municipal de Assistência à Saúde Juliano Moreira.