Copacabana, na Zona Sul, lidera o mercado de aluguel de imóveis para morar no Rio de Janeiro, pelo nível de procura por seus apartamentos, coberturas e casas. E se o assunto é compra de imóveis, está em segundo lugar, coladinha na Barra da Tijuca, na Zona Oeste da cidade maravilhosa. A Barra lidera as buscas para compra pelo quinto ano consecutivo, segundo o Radar Imobiliário do portal de classificados OLX.
O levantamento aponta que o a Barra respondeu por 9,97% das buscas nos últimos 12 meses até janeiro de 2025, um pouco à frente de Copacabana (9,61%), e ambos já bem distantes dos outros bem pontuados na pesquisa, Jacarepaguá (6,34%), Recreio dos Bandeirantes (6,30%) e Tijuca (4,72%). Entre os destaques do mercado, Copacabana apresentou a maior variação positiva de interesse, com um aumento de 1,72 pontos percentuais (p.p.) em relação ao ano anterior. Já o Recreio dos Bandeirantes teve a maior queda, registrando -1,51 p.p. no mesmo período. O que é surpreendente para os especialistas é que Copacabana tem poucos lançamentos de imóveis e um portfolio de imóveis bem antigos, enquanto que a Barra é famosa pelos seus lançamentos.
“A análise da participação de cada bairro em relação ao total de cliques em anúncios mostra que o padrão espacial de demanda por imóveis no Rio de Janeiro continua sendo em direção ao mar, uma vez que as regiões próximas ao litoral são mais buscadas”, afirma Paula Reis, economista do OLX.
Para Lucy Dobbin, superintendente da Sergio Castro Imóveis, é natural que Copacabana tenha avançado, e que o bairro da zona oeste se mantenha na liderança: “a Barra tem uma quantidade enorme de lançamentos, um atrás do outro, com as mais diversas tipologias, e já se instalou no inconsciente do Carioca como um local que respira mercado imobiliário. Copacabana é um bairro mais próximo de todos, com uma quantidade grande de apartamentos compactos, e tem a praia mais famosa do mundo”, explica a profissional com 30 anos de experiência. Dobbin lembra que com o aumento dos investimentos em imóveis geridos por aplicativos e startups de locação por temporada, Copacabana está começando a ganhar novos apartamentos de novo, e isso vai fortalecer sua busca, podendo até destronar a Barra.
Evolução e valorização
Nos últimos cinco anos, Copacabana subiu posições no ranking, saindo da 5ª colocação em 2021 para a atual vice-liderança. O Flamengo também teve um avanço expressivo, passando da 10ª posição entre 2021 e 2023 para o 7º lugar em 2025.
No que diz respeito à valorização dos imóveis, o Rio de Janeiro registrou um crescimento de 3,40% no acumulado de 12 meses, abaixo da média nacional de 7,98%.
Perfil dos imóveis mais procurados para compra
- Área útil: até 50 m² (31%) e entre 50 e 70 m² (26%)
- Número de quartos: imóveis de um dormitório tiveram aumento de 4 p.p., chegando a 38% das buscas
- Suítes: unidades sem suíte são as mais procuradas (40%)
- Garagem: imóveis sem vaga lideram (41%), enquanto os com uma vaga representam 28%
Locação: Copacabana lidera procura
No mercado de locação, Copacabana segue como o bairro mais buscado, com 10,61% das buscas. O ranking segue com Botafogo (9,76%), Barra da Tijuca (7,81%), Tijuca (6,66%) e Flamengo (5,58%).
Nos últimos cinco anos, Botafogo ganhou destaque, subindo da 6ª posição em 2021 para a vice-liderança em 2025. Já o Recreio dos Bandeirantes, que ocupava a 1ª colocação em 2021 e 2022, caiu para o 6º lugar.
O preço médio dos aluguéis no Rio teve um aumento de 7,86% nos últimos 12 meses, abaixo da média nacional de 13,16%. “Entre junho de 2022 e março de 2024, os aluguéis na cidade cresceram acima da média brasileira. Desde então, os reajustes na capital fluminense estão abaixo do índice nacional”, explica Paula Reis.
Perfil dos imóveis mais buscados para locação
- Área útil: até 50 m² (30%) e entre 50 e 70 m² (26%)
- Número de quartos: imóveis de um dormitório são os mais procurados (46%)
- Suítes: imóveis sem suíte continuam na liderança (38%), mas buscas por unidades com duas suítes cresceram 7 p.p., chegando a 24%
- Garagem: imóveis sem vaga seguem estáveis (41%), enquanto os com duas vagas aumentaram 5 p.p., chegando a 23%
