De acordo com os dados mais recentes do Censo 2022, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (14/11), o envelhecimento da população carioca já é uma realidade que ninguém mais duvida. E um dado em particular chama atenção — que choca um total de zero pessoas: Copacabana se destaca como o bairro com maior concentração de idosos por metro quadrado, consolidando sua liderança no quesito população 70+.
Copacabana 70+
Com um total de quase 128 mil habitantes, a “Princesinha do Mar” viu a idade de sua população subir de forma expressiva, especialmente entre os mais velhos. De acordo com os dados mais recentes do IBGE, 18% dos moradores de Copacabana têm mais de 70 anos, o que representa aproximadamente 24 mil pessoas.
Mas o envelhecimento da população do bairro não se limita à faixa etária dos 70 anos. Quando ampliamos o recorte para pessoas com 60 anos ou mais, o número de idosos em Copacabana sobe para mais de 42 mil, o que corresponde a mais de 33% da população total do bairro. Daí é explicado o número de farmácias que só aumenta na Nossa Senhora de Copacabana; negócio lucrativo!
Outros bairros
Embora Copacabana lidere esse ranking, outros bairros também apresentam uma grande concentração de idosos. O Flamengo, com 18% da população acima dos 70 anos, segue de perto, refletindo o envelhecimento gradual das zonas mais centrais da cidade. O Méier, tradicional bairro da Zona Norte, apresenta 17% de sua população com mais de 70 anos, enquanto a Tijuca, também na Zona Norte, registra 16%. Laranjeiras, na Zona Sul, possui 15%, e a Glória, 14%.
Mas, talvez, o dado mais curioso seja o da Barra da Tijuca, tradicionalmente conhecida por atrair uma população mais jovem e emergente do Rio. A Barra também apareceu na lista, com 14% de seus moradores com mais de 70 anos. Outros bairros que também merecem destaque por sua grande concentração de idosos são o Leblon, Vila Isabel e Grajaú.
A inclusão de 90% dessas localidades no ranking de bairros com maior concentração de idosos não surpreende ninguém. Além de serem áreas consolidadas e densamente habitadas desde a década de 1960 (com exceção da Barra da Tijuca), esses bairros são bem tradicionais e muito conhecidos pelos cariocas como o “lar” dos vovôs e vovós. Um simples passeio por essas regiões já traz um clima gostoso de nostalgia, em especial nos bairros da Zona Norte, como a Tijuca, o Méier e Vila Isabel, que parecem preservar as memórias de um Rio Antigo.
