Maior favela do Rio de Janeiro e uma das principais do Brasil, a Rocinha, localizada na Zona Sul carioca, viu se número de casos confirmados de Coronavírus mais do que quintuplicar num período de 5 dias.
Na última quinta-feira (09/04), a comunidade contabilizava somente 6 casos de Covid-19. Até esta terça (14/04), entretanto, o número total havia aumentado para 34, segundo dados oficiais divulgados pela Secretaria Municipal de Saúde do Rio.
Essa elevação na quantidade de pessoas infectadas representa um aumento de 467% em menos de uma semana.
“A gente sabe que os próximos dias serão bem difíceis para as favelas. Não só para a Rocinha, mas para as favelas do Rio de Janeiro. É por isso que agora a gente está batendo nessa tecla de medidas concretas. Que o estado pense, junto com a Prefeitura, de que forma ele pode mitigar essa proliferação da Covid-19”, disse o assistente social Leandro Castro, morador da Rocinha.
Leandro contou, ainda, que as unidades de saúde existentes na Rocinha não realizam testes para detecção de Coronavírus.
“Fica muito frágil quando você tem somente essas unidades para atendimento e não um espaço específico para casos suspeitos. Acredito que um espaço, dada a proporção da Rocinha com a questão do adensamento populacional e todas as questões geográfica e territorial, um polo de atendimento no contexto da favela é algo urgente”, disse o assistente social.
“Nascida” há 82 anos, isto é, em 1938, a Rocinha tem, atualmente, cerca de 69 mil habitantes.
