Quando a pandemia do Coronavírus alcançou muitos países e números assustadores, logo surgiu a comparação com a Gripe Espanhola, que aconteceu entre 1918 e 1919. No Brasil não foi diferente. E as comparações não param. Até porque as altas taxas de contágio e óbitos não estão controladas, como mostram os números do Rio de Janeiro.
Estima-se que, durante a crise da Gripe Espanhola, no Brasil, morreram em torno de 35 mil pessoas. No Rio de Janeiro, capital do país à época, foram cerca de 15 mil. Na atualização, divulgada nesta segunda-feira, o Brasil tinha 115.309 mortes. O Rio, 15.392. No mundo foram 50 milhões de óbitos por Gripe Espanhola, embora, devido à imprecisão dos relatos, existam historiadores que falem em 100 milhões.
É difícil não fazer comparações com a Gripe Espanhola, pois a situação se parece. Sobretudo no Brasil. Em 1918, quando esse vírus chegou ao Brasil, o país não tinha Ministério da Saúde. Só dois anos depois, em 1920, já com a Gripe fora do país, que foi criado o Departamento Nacional de Saúde Pública.
Quando a doença chegou por aqui, os brasileiros não demonstraram preocupação imediata. As recomendações para lavar as mãos e evitar aglomerações (sim, eram as mesmas, como mostramos em uma matéria do DIÁRIO DO RIO há meses) eram ignoradas. Com o passar das semanas e dos casos e mortes, as pessoas passaram a ter mais cuidado e cobrar ações das autoridades.
O presidente à época, Venceslau Brás, foi bastante criticado pela imprensa por sua se “inoperância” frente à gripe espanhola. Depois, a doença matou o então presidente eleito: Rodrigues Alves.
Dados históricos mostram que a Gripe Espanhola chegou ao Brasil em setembro de 1918 e no final do mesmo ano e início de 2019, estava controlada. Segundo os relatos, a mazela foi bastante reduzida, porque os médicos se tornaram mais eficazes na prevenção e tratamento da pneumonia que se desenvolvia após a contração do vírus. Há, também, pesquisadores que defendem que o vírus da Gripe Espanhola sofreu uma mutação rápida e se tornou menos letal.
Eu ia comentar exatamente sobre a discrepância das datas e do número de brasileiros, mas como pessoas inteligente já vieram comentar eu deixo aqui só as minhas mais sinceras gargalhadas.
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Foi a primeira coisa que pensei quando vi a chamada: só se compara eventos iguais em épocas diferentes – em 100 anos – se adequar os números, no caso, da população. Matéria tendenciosa que transmite uma ideia completamente equivocada do índice de mortalidade atual. Índice e não números absolutos.
O nível dos jornalistas caindo vertiginosamente. Estão destruindo essa bela e importante profissão. Em 1918 a população do Rio era menos de 1 milhão e morreram 15mil. Hoje temos quase 16 milhões de habitantes e o número de mortes é praticamente o mesmo. Quem matou maior fatia da população? Seria essa notícia fruto de uma agenda oculta ou simplesmente burrice? Nenhuma das alternativas é aceitável.
Foi a primeira coisa que pensei quando vi a chamada: só se compara eventos iguais em épocas diferentes – em 100 anos – se adequar os números, no caso, da população. Matéria tendenciosa que transmite uma ideia completamente equivocada do índice de mortalidade atual. Índice e não números absolutos.
Em 1918, a população mundial era de 1,2 (um vírgula dois) bilhões de pessoas.
Em 2019, a população mundial é de 7,9 (sete vírgula nove) bilhões de pessoas.
Se a H1N1, Gripe Espanhola matou 15.000 cariocas e a Covid 19 matou 15.392, está claro que a Covid 19 matou SETE VEZES MENOS do que a Gripe Espanhola.
Quem matou mais : o covid ou os políticos governantes e seus secretários de saúde que desviam dinheiro público? Quem quem quem ?
É, no mínimo, uma tolice comparar eventos separados por 100 anos, haja vista a indisponibilidade de informações do período mais antigo.
Melhor esse jornaleiro estudar.Parece que q nada sabe de epidemiologia,demografia,estatística, matemática.Quer “lacração.” E para de tocar em vanda de garagem.
Notícia tendenciosa; comparações exdrúxulas, já que as populações eram muito menores no século passado e a imprecisão de dados da época é óbvia.
Mas uma leve análise no Twitter do jornalista explica o porquê…