Sérgio Cabral é corrupto, esse deveria ser o maior segredo de liquidificador do Rio de Janeiro. As viagens, a Casa de Mangaratiba, as relações promíscua com Cavendish da Delta e com Eike Batista, tudo era sabido, qualquer investigaçãozinha poderia ir desenrolando esse fio da ladroagem, mas isso nunca foi feito.
Enquanto Cabral tungava os cofres estaduais e comprava jóias para Adriana Ancelmo, os jornais só falavam do sucesso da UPP (que fracassou), de suas boas relações com o governo federal e que nunca antes na história um governador tinha se relacionado tão bem com o prefeito da capital. Que tanto o governador quanto Eike, se juntavam não para negócios escusos mas sim para trazer o Rio de Janeiro para um período de glória.
As acusações de enriquecimento ilícito contra Cabral tem quase 20 anos, como mostra agora o jornal O Dia. Mas por que só agora descobrem Cabral? Se aqui no Diário do Rio, formado por este editor e por poucas pessoas que ajudam, já sabia destes fatos, por que um Globo, Dia ou mesmo Record nunca colocou seus jornalistas para fazer uma investigação mais profunda? Afinal, é um dos papéis da imprensa a contínua fiscalização do Poder Público e eles teriam “bala na agulha” para investigar e pagar seus advogados (infelizmente aqui não temos orçamento nenhum).
Ao deixar de lado um de seus importantes papéis, a imprensa carioca decepciona novamente seus leitores. E a situação é terrível, a cada dia que passa menos jornais existem na cidade. Mesmo na mídia digital sobram poucos e com dificuldade. E assim, novos Cabrais podem surgir nos próximos anos.