Covid-19: 85% dos cariocas internados pela doença não tomaram as 4 doses

Segundo a secretaria estadual de Saúde, os pedidos de leitos seguem em patamares baixos devido à alta cobertura vacinal

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Foto: Mauricio Bazilio/SES

Nesta quinta-feira (09/06), a cidade do Rio registrou o maior número de internados por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em quatro meses. De acordo com o secretário municipal de Saúde do Rio, Rodrigo Prado, 85% dos internados hoje estão com a situação vacinal incompleta ou não foram imunizados. Para as autoridades, “vacinação completa” refere-se às quatro doses.

Para chegarmos nessa porcentagem, consideramos todos que tenham qualquer atraso no esquema vacinal, ou seja, com a primeira dose ou com as doses de reforço atrasadas. Por exemplo, um paciente com 53 anos com a última dose de reforço atrasada já entra nesse levantamento”, explicou Prado ao jornal O Dia. Ou seja, sem as doses de reforço a pessoa é contada como “vacinação incompleta”.

Apesar do aumento na positividade, o número de casos graves ainda é considerado bastante pequeno, por causa da altissima cobertura vacinal. Atualmente, 88,1% da população carioca têm o esquema vacinal primário completo. O primeiro reforço chegou a 67,5% dos maiores de 18 anos e o segundo alcançou 59,4% dos idosos e 14% da faixa etária entre 50 e 59 anos. Segundo especialistas, a vacina não tem o mesmo efeito sobre a variante ômicron, que acaba contagiando mesmo vacinados.

A 4ª edição do Panorama Covid-19, divulgada nesta sexta-feira (10/06) pela Secretaria de Estado de Saúde (SES), mostra um cenário com tendência de crescimento dos indicadores precoces da Covid-19, mas com solicitações de leitos sempre em patamares muito baixos. A análise considera os dados registrados na semana de 29 de maio a 5 de junho.

Os atendimentos a casos de síndrome gripal nas Unidades de Pronto Atendimento do estado (UPAs) aumentaram 14% em relação à semana anterior. A taxa de positividade de antígeno continua em tendência de crescimento. Na última semana, foram realizados em média 10 mil testes por dia, sendo a positividade de 28%. Em relação ao RT-PCR, estão sendo analisados em média mil exames por dia, com positividade de 23%.

Partindo de um patamar muito baixo, de duas a três solicitações de leitos por dia, esse indicador apresentou um aumento relativo, mas em números absolutos ainda muito baixo. A média diária de solicitações de leito para Covid-19 na semana de 29 de maio a 5 de junho foi de 13 para UTI e 12 de enfermaria. No mesmo período, a média diária de pessoas aguardando leito Covid-19 foi de 17 para UTI e 14 para enfermaria.

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4 COMENTÁRIOS

  1. Peraí. O título diz que 85% não tomou as 4 (quatro) doses… Eu já tenho meia idade, por assim dizer, e como a 4ª dose sequer chegou na minha faixa etária e não estou nos 6 meses da 3ª, logo, não posso tomar… a 4ª dose.
    Quantos estariam na mesma situação senão a maioria da população?
    E tem ainda os jovens, crianças e adolescentes que ainda estão tomando a 2ª e ainda vão para a 3ª dose…
    Por todo o exposto, vê-se que a notícia apresenta realidade maquiada.

  2. Olha só, por isso que a credibilidade da imprensa cai toda hora. Os conceitos são elásticos. O esquema vacinal é de duas doses. Então, a conta não pode ser feita com zero, uma dose e duas doses como “incompleto”.

    Seria bom, para transparência mesmo, se há esta sede por informação veraz deste jornal, que se publique quantos porcento dos internados tomaram zero, uma, duas, três e mais doses.

    Juntar tudo num saco só e mudar conceitos com o tempo é sensacionalismo.

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