A Prefeitura do Rio, por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social (SMAS), serviu, desde o dia 21 de junho, mais de 234 mil refeições através do Programa Prato Feito Carioca. Localizada em pontos estratégicos, as Cozinhas Comunitárias Cariocas preparam e fornecem, diariamente, refeições balanceadas e seguras para famílias em situação de extrema pobreza.
O programa é uma política pública da prefeitura de combate à fome, criado para diminuir os efeitos sociais da crise econômica e da pandemia. Neste ano, foram inauguradas 15 Cozinhas Comunitárias Cariocas, que funcionam desde junho em Acari, Mangueira, Andaraí, Realengo, Anchieta, Tanque, Campo Grande, Vila Kennedy, Guaratiba, Costa Barros, Bento Ribeiro, Bangu, Nova Sepetiba, Acari, Catumbi, além da que beneficiou as comunidades Beira Rio, Sinal Verde e Terreirão, no Recreio, Zona Oeste do Rio.
Cada Cozinha Comunitária oferece 5.600 refeições por mês.
“A Prefeitura do Rio não poderia deixar de dar uma resposta imediata à volta da fome no Brasil. É a primeira cidade do país a ter um programa consolidado em segurança alimentar. A nossa preocupação é ajudar quem mais precisa nesse momento tão difícil”, enfatiza a secretária municipal de Assistência Social, Maria Domingas Pucú.
Os 47 Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) são responsáveis pela seleção do público para receber gratuitamente as refeições das Cozinhas Comunitárias Cariocas. O critério é que as pessoas sejam inscritas no CadÚnico (cadastro de programas sociais federais) e tenham renda per capita mensal de até R$105.
Fernando de Melo dos Santos, 39 anos, tem 5 filhos e é morador da comunidade da Pedreira, em Costa Barros. Ele conta que sem esse benefício a família estaria sem ter o que comer. Mas o efeito do programa não foi só esse: Fernando aprendeu uma nova profissão em curso da ong QG da Cidadania, parceira da Cozinha Comunitária de Costa Barros.
“Eu e minha família somos beneficiados pelo programa e graças a isso, também consegui um curso de barbeiro no QG da Cidadania. Por enquanto, eu não consigo abrir minha barbearia porque é caro. Mas graças a esta porta que se abriu, eu estou tendo, com quase 40 anos, uma nova oportunidade de aprender uma nova profissão”, ressaltou Fernando.
A ideia da parceria com organizações da sociedade civil nas Cozinhas Comunitárias é exatamente essa: promover ressignificação social em suas áreas.
Previstas pelo Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Sisan), criado em 2006, as cozinhas comunitárias nunca tinham sido implementadas de forma sistemática em nenhuma cidade brasileira. Cada cozinha recebe apoio operacional e técnico para oferecer refeições nutritivas e balanceadas, respeitando as normas de manipulação de alimentos do Instituto Municipal de Vigilância Sanitária. A SMAS é responsável pelo fornecimento de equipamentos e alimentos.