A CPI das Enchentes, que acabaria em agosto, será prorrogada por mais 60 dias. Com a ampliação do prazo, os parlamentares irão interrogar secretários municipais responsáveis por ações diretamente ligadas à prevenção de enchentes, inundações e desastres decorrentes dos temporais. A proposta, apresentada pelo presidente da CPI, Tarcísio Motta (PSOL), foi aprovada em votação durante a sessão desta quinta-feira (13/06), com votos favoráveis dos vereadores Renato Cinco (PSOL) e Rosa Fernandes (MDB).
A próxima sessão da CPI das Enchentes será no dia 27 de junho.
Na mesma reunião, participou o chefe executivo do Centro de Operações Rio (COR), Alexandre Cardeman, acompanhado pelo chefe de operações, Marcelo Varão, e o coordenador de Infraestrutura e Logística, Raimundo Leonardo. Para Motta, ficou claro que se trata de um órgão que precisa ser fortalecido institucionalmente: “É preciso dar condições para que o COR consiga coordenar os diversos órgãos quando a cidade estiver em situações de emergência”.
Com relação ao orçamento, Cardeman prometeu enviar esclarecimentos por escrito sobre as dúvidas dos parlamentares. O valor empenhado para a unidade, que já foi de mais de R$20 milhões, caiu cerca de 65% em 2018, chegando a R$7 milhões. “É fundamental entender por que houve o corte orçamentário. O cidadão tem o direito de saber quanto a prefeitura está investindo para prevenir inundações e para atender os que foram atingidos pelos desastres. Isso é ainda um mistério que estamos trabalhando para desvendar”, disse Tarcísio Motta.
Atualização de protocolos de estágios operacionais da cidade – atenção, alerta e crise –, realização de concursos públicos e criação de um conselho consultivo para o planejamento foram outras necessidades apontadas durante os depoimentos. O COR tem 500 profissionais e, segundo Cardeman, este número é suficiente, mas, na medida em que o tempo passa, é importante aumentar essa estrutura: “Estamos num momento em que as mudanças climáticas estão afetando todas as cidades do mundo”.