Em assembleia realizada, na última quarta (29), os credores da Light aprovaram o Plano de Recuperação Judicial (PRJ), que prevê a capitalização de R$ 3,2 bilhões e conversão de R$ 2,2 bilhões de dívida em novas ações da companhia, de um total de R$ 11 bilhões. Pelo acordo firmado, os principais acionistas se comprometeram a aportar de R$ 1 bilhão na empresa. Aqueles que tiverem a até R$ 30 mil a receber, serão pagos integralmente.
Para que o PRJ seja eficiente, a companhia, cuja concessão vence em julho de 2026, teria que ter o contrato renovado. Mas advogados especializados consultados pela TV Globo afirmam que o modelo está ultrapassado. Além disso, a Light luta contra várias dificuldades de operação, como “gatos” e furtos de energia, e mudanças na modalidade de consumo, com a instalação painéis solares em muitas casas. Prática que reduz o número de clientes da concessionária.
Em 2023, as dívidas da empresa fizeram com que ela entrasse com o pedido de recuperação judicial. Segundo a Light, em aproximadamente 30% dos endereços servidos pela distribuidora há gatos de luz ou furto energia. Nos últimos anos, a empresa se tornou campeã de reclamações no Procon por falhas no atendimento e sucateamento da rede de distribuição energia elétrica.
Privatiza que melhora, né?