Crimes de extorsão crescem 40% no RJ

Os dados são do último levantamento do Instituto de Segurança Pública (ISP)

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Foto: Divulgação

O Instituto de Segurança Pública (ISP) divulgou na última semana dados referentes aos principais indicadores de criminalidade e atividade policial no estado do Rio de Janeiro em 2023. O instituto apresenta uma série histórica destes indicadores ao longo dos últimos 20 anos (2003-2023). A coleta dos dados ocorreu a partir dos registros de ocorrência da Secretaria de Estado da Polícia Civil do Rio de Janeiro (SEPOL), em conjunto com estatísticas oriundas da Secretaria de Estado da Polícia Militar (SEPM).

O estado do Rio de Janeiro registrou 3.264 casos de crimes de extorsão no ano de 2023, conforme levantamento do ISP. Para fins comparativos, esse número representa um crescimento de 41,7% em relação ao ano de 2022, que apresentou 2.033
ocorrências.

De acordo com o relatório, os registros de crimes de extorsão cresceram significativamente no estado, sobretudo a partir de 2021, quando os indicadores apresentavam 1.653 casos. Os números referentes ao ano passado representam o maior
valor registrado na série histórica deste delito.

Conforme consta o relatório do ISP, os índices de extorsão são apenas uma categoria dentre aquelas que compõem os crimes contra o patrimônio, a exemplo de roubo de carga, estelionato, dentre outros. No entanto, os casos de extorsão apresentam uma curiosidade em relação aos demais indicadores, tendo em vista que foi o único que apresentou um aumento de denúncias de 2022 a 2023. Entre estes, destaca-se a queda nos indicadores para roubos de cargas e roubos de transeuntes, que apresentaram queda de 23,7% e 21,6%, respectivamente.

O crime de extorsão é complexo e demanda, como tal, uma ação interessada por parte do poder público e das forças policiais. Na cidade do Rio de Janeiro, sobretudo por conta dos espaços sob domínio de forças não estatais, o número tem a tendência de ser ainda maior que o oficial, dado que o simples movimento de denunciar também é, muitas vezes, sufocado pelo medo”, diz Philippe Guedon, diretor do Instituto Rio21.

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