Rua da Grande Tijuca ganha apelido, curioso, após grande número de crimes recorrentes na região. A rua Agostinho Menezes, que virou palco de um número crescente de assaltos, foi apelidada como: “Rua do Perdeu“. A via fica a menos de 100 metros de um batalhão de polícia, porém as isso não impede os criminosos.
Medidas vem sendo adotadas pelos pedestres, na busca de uma proteção moradores evitam ficar na porta de suas casas, trabalhadores tentam alterar horários de saída do emprego e alunos de um colégio particular, próximo à rua, andam em grupos para evitarem surpresas desagradáveis.
Na madrugada de domingo, (27/03), houve uma tentativa de roubo a um carro de luxo nas imediações da Praça Lamartine Babo e na última sexta-feira, (25/03), aconteceu um assalto seguido de morte do farmacêutico Carlos Alandre Rezende, na Praça Carlos Paolera. As praças ficam próximas a rua citada.
“Está difícil andar em certos trechos da Tijuca. Eu evito ao máximo sair à noite e, durante o dia, utilizo somente as vias principais. As ruas pequenas, transversais, são um prato cheio para os bandidos”, disse ao Globo o comerciante Carlos Alberto Vieira, que mora nas imediações da Praça Lamartine Babo, próximo a um quartel do exército e à sede do 6º Batalhão da Polícia Militar.
De acordo com dados do Instituto de Segurança Pública (ISP) relativos à região da Grande Tijuca, nos dois primeiros meses de 2022, os números de furtos a transeuntes, de celular, de veículos e a coletivos tiveram um aumento que varia de 44% a 204% em relação ao mesmo período do ano passado. Com relação a roubos, o aumento varia de 18% a 120% no mesmo período de comparação.
É curioso que após uma série de pesquisas enaltecendo a redução de diversos tipos de crime no estado, a realidade mostra o oposto. Enquanto os gastos com segurança pública estadual até podem ter aumentado, falta ainda uma estratégia mais eficiente. Ainda porque ano após ano parece que não evolui a capacitação. Isso porque parte do efetivo fica parado nas viaturas, ao invés de fazerem as rondas… o limita enormemente o alcance de segurança. Isso que boa parte desse efetivo fica distraído em seus celulares (mesmo havendo exceções claro). Quanto ao Programa Segurança Presente, garota-propaganda de Claudio Castro, falta informar que é uma iniciativa privada… e tão ineficiente quanto à pública. Programas como o da prefeitura, de vigiar pontos comerciais, como no Meier, deveriam se alastrar imediatamente.
Como é possível a ocorrência de roubos, furtos, assaltos e latrocínio nas imediações de um Batalhão da Polícia Militar? A Rua fica perto do Quartel da PM. Na minha opinião, o Comandante deste Batalhão da PM deve ser afastado o mais rápido possível. Em seu lugar, deveria assumir um Oficial de Comando que fosse competente e implacável no combate ao crime.