Criminosa depreda Chafariz da Glória e posta resultado, orgulhosa, no Instagram

O ato criminoso de vandalismo foi publicado nas redes sociais, com a criminosa posando ao lado do grotesco resultado. O chafariz é um bem tombado pelo IPHAN, e foi pintado recentemente além de ter sido depredado após um restauro completo

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Bem tombado pelo IPHAN, o Chafariz da Glória está presente na vida dos cariocas desde 1772. Restaurado nos anos 60 e em 2012, a situação está se deteriorando rapidamente, como já foi dito anteriormente no DIÁRIO DO RIO. Dezenas de vezes desde 2021 já foi pichado e depredado. Dessa vez, o monumento foi novamente alvo de uma pichação. Mais que isso, o ato de vandalismo foi publicado – orgulhosamente – via stories nas redes sociais, através do perfil @oscururusp2, mostrando imagens de uma mulher cometendo o crime, e depois posando ao lado do resultado grotesco, sorrindo. A publicação ainda marca outra conta: @swissmissnyc , que pode ser a conta da criminosa.

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A depredadora é fotografada no meio do ato criminoso, e depois sorriu, orgulhosa por destruir o patrimônio da cidade – Foto: Reprodução

Uma mulher faz um absurdo desses em um monumento importante para o desenvolvimento do Rio de Janeiro, porque é um dos últimos chafarizes que sobraram na cidade né? […] É um monumento nacional que sofre sistematicamente com essas pichações. Agora, não acontece absolutamente nada com essas pessoas que depredam e destroem o nosso patrimônio histórico. […] Estavam no processo limpeza, porque já tinha sido pichado aí vem uma pessoa e faz uma coisa dessas num monumento. A gente fica sem palavras, fica indignado, fica irritado em ver isso com o patrimônio do Rio de Janeiro”, afirma Marconi Andrade, fundador do movimento de protetores “S.O.S. Patrimônio”.

O Secretário Municipal de Conservação, vereador Diego Vaz (PSD-RJ), também demonstrou indignação: “Danos ao patrimônio cultural são considerados crimes ambientais, de acordo com a Lei 9.605/98, Lei de Crimes Ambientais. Vamos registrar um boletim de ocorrência para que ela seja responsabilizada e pague as consequências previstas em Lei. Pichação não é arte, é vandalismo”, dispara, em meio a diversas iniciativas que tem conduzido de recuperar bens históricos.

Depois de um cuidadoso restauro que deixou o monumento funcionando novamente – com direito a uma pomposa reinauguração com a presença do então presidente da CEDAE, Wagner Victer, e de Carlos Roberto Osório, secretário de conservação da anterior gestão do prefeito Eduardo Paes – o belo patrimônio histórico foi completamente destruído em 2021 e continua sendo alvo de atos de vandalismo, semanalmente. A cada vez que é pintado recebe uma pichação diferente e até já foi ocupado por drogados e cracudos que acabaram roubando suas torneiras.

À época da restauração, Osório anunciou a criação da Gerência de Monumentos e Chafarizes da secretaria, que funcionaria numa construção que fica atrás do chafariz, onde funcionara uma antiga elevatória da CEDAE. Na ocasião, o então secretário afirmou: “Com as câmeras, quem pichar ou jogar lixo vai ser preso, e o caso será encaminhado à Polícia Federal, órgão responsável por crimes contra o patrimônio federal“. Parece que ficou mesmo na bravata.

Autoridades do IPHAN chegaram a anunciar que instalariam uma parede de vidro de 13 metros de largura por 2,40 de altura, com 16 milímetros de espessura e resistente até a armas de fogo para protegê-lo, mas de toda esta promessa, só foi colocado um vidro laminado nas bordas dos tanques que compõem o chafariz.

Descrição Oficial do Monumento no site do IPHAN
Durante o vice-reinado do Marquês do Lavradio (1769-1779), foi construído o Chafariz da Glória, no ano de 1772, no qual se lê a seguinte inscrição em latim, aqui traduzida: “Luiz de Almeida, Marquês do Lavradio, que refreou as inundações do mar, construindo um grande muro, aumentou as rendas e dignidade do Conselho, restaurou os edifícios públicos, cortou os outeiros, igualou, tornou mais cômodas as ruas e renovou a cidade. O Senado e o Povo do Rio de Janeiro, ergue em 1772”. O chafariz foi restaurado na década de 60, em conseqüência da alteração sofrida em 1905, durante a reforma urbana do Prefeito Pereira Passos. Trata-se de um tanque amplo de cantaria para o qual vertem quatro bicas. Possui duas pilastras encimadas por entablamento e frontão curvo, o qual possui no centro um tímpano de alvenaria, o qual termina em cimalha, sobre a qual se encontra uma urna com forma caprichosa.

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29 COMENTÁRIOS

  1. Abominável Black Bloc paulista pseudo anarquista que não é de direita e muito menos de esquerda. Vem para o carnaval do Rio vandalizar o patrimônio público e privado. É burra além de tudo postando foto de cara limpa em rede social. Merece ser rastreada pelas autoridades e punida com multa elevadíssima, além do devido processo criminal.

  2. Alô moderação do Diário do Rio! Atenção aos odiosos nos comentários abaixo com xingamentos e palavras de baixo calão.

    Esse jornal virou de vez butim da extrema direita?

  3. A coitada do baton tá presa faz 2 anos…
    E essa piranh@ daí q usou tinta num monumento antiquíssimo?
    Essa vaca deveria é estar fazendo musculação pra secar o bucho e os peitos caídos!!!Olhem o q a droga faz!!!!
    Uma boçal,provavelmente suvacuda da esquerda!!!

  4. É um absurdo o que estamos vivendo, a ERA DA IMPUNIDADE, incentivada pelos movimentos sem terra, Black blocs etc.
    Os patriotas , que não depredaram nada, pagam até hoje com penas severas, vamos ver o que acontecerá com esta escrota

  5. É justamente daí que vem meu pessimismo e meu desânimo: a falta de educação e de cuidado com o espaço público é impregnado no povo, não importa a classe social, o gênero, a faixa etária, a orientação religiosa, o nível de escolaridade, nada…não há respeito pelo espaço do outro, pelo bem estar do outro, pelo silêncio, pelas liberdades…não se respeita nada. Perdemos o senso da ética, em todos os setores da sociedade, e não vejo nenhum sinal mínimo sequer de que estamos caminhando para uma melhora.

    Reflita, por exemplo, como você trata seu lixo; como se porta no trânsito, no supermercado (você larga seu carrinho de compras em qualquer lugar obstruindo a passagem dos outros?); como lida com suas relações pessoais e profissionais: você respeita, por exemplo, horário? Você trata com gentileza trabalhadores em restaurantes, hotéis, lojas, transportes coletivos, e outros locais públicos em geral? Tratar com gentileza significa se dirigir a alguém como “filhinha”? Em um transporte coletivo, você senta e coloca seus pés em cima do assento da frente (você faz isso no sofá ou poltrona da casa dos outros?)? Você se esforça para não emporcalhar um banheiro público? Essa mulher aí da foto tem toda a cara de quem não respeita nada disso, e nenhuma cara de quem mora em uma favela e sobrevive com trabalho informal precarizado.

    O mais cínico e irritante de tudo é que as mesmas pessoas que desrespeitam, também são as primeiras a gritar por aí que quem não respeita deveria receber severa punição. Se esse desejo delas se tornasse realidade, será que elas perceberiam o quanto são incoerentes e conseguiriam aprender alguma coisa útil?

  6. Com baton q é lavável são 17 anos de cadeia(dependendo de quem fez), então neste caso deve ser prisão perpétua ? Ah não, depende de quem fez, e certamente nem presa será porque no Brasil a lei não é igual para todos.

  7. Essa turma faz pichação, destrói, suja a cidade rouba faz tudo que não deveria fazer porque há impunidade, os vereadores não são capazes de votar uma lei mais dura para a destruição da cidade. Se houvessem leis duras e de quem cometesse esses crimes pagasse com rigor da lei, a cidade seria limpa. Cidade limpa é a que menos se suja.

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