Crítica: Duna (2021)

Para Sara Rodrigues, Duna desperta o que há de mais avassalador no coração dos amantes do cinema, e encanta com entrega de excelente elenco

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Uma crítica sobre o filme “Duna”, que chega nesta quinta-feira (21/10) aos cinemas, poderia ser sobre a incrível seleção de elenco para atuar neste longa. Desde que teve a brilhante ideia de unir Timothée Chalamet, Zendaya, Jason Momoa, Javier Bardem, Oscar Isaac e Rebecca Ferguson, aos próprios atores e atrizes que entregaram tanto aos papéis.

O texto também poderia enviar todos os elogios ao diretor Denis Villeneuve, que não apenas criou expectativas aos espectadores, como também as superou com louvor. A crítica poderia ser ainda a Hans Zimmer, o grande compositor premiadíssimo em muitas edições do Oscar, que acrescentou emoção à obra.

Mas todos os aplausos de Duna não poderiam ser apenas para a direção, para o elenco ou para a trilha sonora. O conjunto da obra é fantástico. O romance “Duna”, de Frank Herbert, teve pela segunda vez uma adaptação para os cinemas. Na primeira, David Lynch deu vida aos escritos de Herbert. Dessa vez, o brilhantismo do diretor aclamado pela crítica, Denis Villeneuve, que retrata a história.

O longa de ficção científica e aventura conta a história de Paul Atreides, um jovem que carrega a grande responsabilidade de salvar o povo de Arrakis de um império intergalático. O deserto de Arrakis constantemente é alvo de exploração por ser a única fonte de uma especiaria rara e poderosa.

Denis Villeneuve conseguiu reproduzir, em pouco mais de duas horas, o enredo que transmite emoção, leva à profundidade por meio dos diálogos, e aborda temas como ecologia e religião.

Entre uma cena e outra, é possível enxergar a importância das mulheres com habilidades mágicas para aquele futuro distante. Mesmo assim, é notório o descaso e a raiva pela mensagem transmitida por elas em certos momentos, além também de existir uma rejeição por parte de algumas lideranças.

É possível também encontrar um tom crítico no enredo, que aborda diferentes questões culturais, como entre o povo de Arrakis e os estrangeiros que chegam para explorar as “especiarias”. As raízes mostram que o próprio deserto trata bem quem o conhece e reage mal aos desconhecidos.

“Duna” é uma verdadeira lição de vida, que ensina sobre o medo e sobre as pessoas. Além, é claro, de entreter absurdamente como nenhum filme havia feito ainda neste ano. Não é à toa que é um dos filmes mais aguardados e com tantas chances de levar muitos Oscars no próximo ano. Que venha a parte dois, com ainda mais efeitos especiais, excelente trilha sonora e muita entrega dos grandes atores.

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Jornalista, produtora e apresentadora do podcast cineaspectos. Como amante do cinema, ficou imersa em roteiros fantásticos, conheceu a beleza dos filmes de máfia e os incompreendidos dramas europeus. Sara adora desbravar a singularidade do cinema brasileiro, e acompanha de perto os principais festivais e mostras ao redor do mundo.

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