Crítica: Pattinson explora fraquezas de Batman sem vitimizar herói

Zoe Kravitz dá vida à Selina e apresenta o início da história da Mulher-Gato; Paul Dano faz excelente trabalho como Charada

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Desde o dia em que Robert Pattinson foi divulgado como possível ator para interpretar Batman, as críticas foram fortes. Afinal, que fã “puritano” da DC Comics aceitaria um ex-vampiro de filme adolescente no papel de um dos melhores e mais grandiosos heróis de todos os tempos? Sinto dizer a cada um deles que cada crítica foi rebatida com um golpe fatal de atuação de Pattinson.

“The Batman” é um filme longo. Com 2h57, o filme aborda questões sociais, poder e os traumas psicológicos do ‘homem-morcego’. Ao contrário de outros longas do personagem, este abandona os acontecimentos passados como roteiro e faz uso dos traumas do presente para explicar o passado. O diretor Matt Reeves conduz o espectador a encontrar respostas nas perguntas do Charada para ligar pontos e chegar a um veredito sobre os sofrimentos de Bruce Wayne.

Como em qualquer filme da DC Comics, a estética sombria chama atenção. É com esse estilo que conseguimos nos conectar com os problemas de Gotham City, uma cidade dominada pelo tráfico, pela corrupção e pela falta de segurança acarretada pelos dois anteriores.

A trilha sonora tem um ar religioso. Com uma composição melódica e dramática, toda a harmonia encaminha os ouvidos do espectador ao clímax dos sons. Claro, sem esquecer de todos os efeitos sonoros impactantes para causar ansiedade, medo e aflição durante as inúmeras cenas de luta. Pode apostar que já está na minha lista para a categoria de melhor trilha sonora para o Oscar 2023.

Por falar em premiação, não posso deixar de mencionar a grande surpresa de Paul Dano interpretando Charada. Ele se entrega não só nos momentos em que se apresenta como louco e às escuras, como em momentos de certa lucidez, se é que eles existem. É, com certeza, uma excelente aposta para a próxima temporada de premiações. Só aguardar!

Um ponto que deixa a desejar é o enredo quase romântico de Selina, interpretada por Zoe Kravitz, e Bruce (Batman e Mulher-Gato). Apesar de forçar uma aproximação tocante, o resultado é outro. Uma dupla que funciona melhor como ‘justiceiros’ que como casal em si. Mas a parte boa é que essa falta de sentido amoroso faz com que o filme não perca suas raízes heróicas e mantenha a coerência.

É impossível criticar, elogiar, traduzir tudo o que o filme representa. A única saída é assistir e acompanhar com os próprios olhos e análises o todo. “The Batman”, a partir de quinta-feira (03/03) nos cinemas.

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Jornalista, produtora e apresentadora do podcast cineaspectos. Como amante do cinema, ficou imersa em roteiros fantásticos, conheceu a beleza dos filmes de máfia e os incompreendidos dramas europeus. Sara adora desbravar a singularidade do cinema brasileiro, e acompanha de perto os principais festivais e mostras ao redor do mundo.

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