O ex-prefeito do Rio, Marcelo Crivella (Republicanos), acaba de perder o foro privilegiado em função do cargo público que exercia. Com isso, as investigações do caso conhecido como “QG da Propina” serão realizadas pela Justiça comum do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ).
A decisão foi emitida no dia 01/01, após o novo prefeito Eduardo Paes (democratas) assumir o comando da prefeitura e Crivella deixar o cargo. A oficialização da perda do foro privilegiado do ex-prefeito foi emitida pela desembargadora Rosa Helena Macedo Guita, magistrada que determinou a prisão do político em dezembro de 2020 em atendimento ao pedido do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ), acusado de comandar um esquema de propina na prefeitura do Rio.
Com a tramitação do processo na justiça comum, a ação em que Crivella é réu deve passar a jugada pela 1ª Vara Criminal do TJRJ, vara especializada em combate ao crime organizado. A previsão é que a migração do processo aconteça já no dia 06/01.
Crivella foi preso em dezembro de 2020, faltando apenas 9 dias para o término de seu mandato. O ex-prefeito foi solto, após sua defesa ingressar com pedido de liberdade no Superior Tribunal de Justiça (STJ), que converteu a prisão provisória em prisão em domiciliar com uso de tornozeleira eletrônica e retirada dos terminais telefônicos fixos, computadores, tablets, laptops, aparelhos de telefone celular e smart tvs da sua residência.