O atual prefeito do Rio e candidato a reeleição, Marcelo Crivella (Republicanos), em entrevista à jornalistas, na manhã desta segunda-feira, 16/10, garantiu estar confiante e afirma que “segundo turno é uma nova eleição”. Com 21/90% dos votos contra 37,01% recebidos pelo seu adversário, Eduardo Paes (Democratas), o prefeito diz que o foco da campanha no segundo turno será o combate à corrupção.

Marcelo Crivella (Republicanos), afirma que a volta da corrupção não será admitida. “O que nós queremos para a nossa cidade? A volta da corrupção, da negociata, das obras combinadas, do secretário de Obras com 76 anos de cadeia? Do secretário de Saúde com bens indisponíveis, entre outras dezenas de secretários e funcionários envolvidos em corrupção? Uma dívida gigantesca para pagar? Ou vamos continuar erguendo nossa cidade sobre a rocha, com toda a luta, com toda a dificuldade, mas de maneira honrada e digna?”, indagou o candidato.

Bispo licenciado da Igreja Universal, o prefeito ressaltou que irá buscar apoio estratégico de evangélicos na Zona Oeste da cidade. Segundo Marcelo Crivella, o local possui a maior concentração de evangélicos do Rio e afirma que sua campanha terá como foco captar o voto deste eleitor.

Já em clima de segundo turno, o candidato criticou a gestão de seu concorrente, Eduardo Paes (Republicanos) e o acusou de ser o governo mais corrupto da história da cidade: “Nós temos um mandamento: ‘não roubaras’. A honestidade é uma virtude real, e o governo do Eduardo Paes foi o mais corrupto da história do Rio de Janeiro. Não houve governo com maior índice de corrupção. Nós tivemos as delações na Lava Jato com relação às Olimpíadas, e nenhuma obra escapou. Nós vamos voltar ao governo mais corrupto porque o IBOPE diz que ele vai ganhar? Ou por que ele é o candidato da Globo? Não, a população do Rio de Janeiro não vai fazer isso. Acredito no povo carioca“, afirmou Marcelo Crivella (Republicanos).

O atual prefeito também direcionou críticas à impressa e as pesquisas de intenção de votos. Segundo ele, o índice de rejeição apontado pelos institutos de pesquisa não seria matematicamente correto e teria lhe causado prejuízos. Ele afirma: “A pesquisa aponta um candidato com em 60% de rejeição, mas entre os eleitores, todos sabemos que 45% não vão votar, votam em branco ou nulo. Essa turma toda então não rejeita o candidato? Sim, mas será que a rejeição matematicamente correta, representa a realidade? Quando você faz uma pesquisa e coloca 40% das pessoas com nível superior na amostra, é isso que temos no Rio de Janeiro? Não, e o IBGE fala em 12%, mas os institutos colocam 40%, como o DataFolha e o IBOPE. Isso projeta no coração das pessoas que um candidato tem mais perspectivas que outro.”

O candidato, ainda, disse que o Ministério Público Eleitoral, TRE, teria concordado que a amostragem das pesquisas de intenção de votos não estariam de acordo com as previsões do IBGE e do TRE. Para Marcelo Crivella (Republicanos) teria ocorrido erro por parte da juíza responsável, Regina Lucia Chuquer, ao não reconhecer que os dados estavam incorretos, pois ao invés dos 11% apontados, o candidato acabou tendo 20%.

Marcelo Crivella lembrou das eleições em que concorreu para governo do estado com Sérgio Cabral em 2006 e Luiz Fernando Pezão em 2014. Em ambas situações o candidato foi derrotado. O candidato, ainda agradeceu aos votos recebidos e ao apoio do presente Jair Bolsonaro (sem partido):

“Quero agradecer em primeiro lugar a Deus. Ontem celebramos a democracia, agradeço por estar no segundo turno com a minha companheira (Andrea Firmo), e agradeço aos eleitores, que, contrariando as pesquisas e as previsões pessimistas, mostraram que, mesmo na pandemia, foram votar conosco por acreditarem no nosso projeto, nas nossas proposta” .

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