Crônicas Cariocas: As montanhas do Rio de Janeiro

As montanhas do Rio de Janeiro são mais um privilégio que temos que valorizar por aqui. E mais um motivo para causar inveja nos vizinhos

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Pedra do Quilombo, no Parque Estadual da Pedra Branca - Foto: Inea

Volto a assinar, todas as semanas, crônicas neste DIÁRIO DO RIO. Pensei em um tema impactante para esse retorno do meu eu cronista, mas todos sabemos que crônica boa é aquela que não tem assunto ou que parte de uma observação banal. Deixemos os grandes assuntos para as matérias, reportagens e artigos. Contudo, quero falar de algo grande. Algo enorme: as montanhas do Rio de Janeiro.

Estive de férias em janeiro e passei uns dias em São Paulo. Como gosto de contrariar, fui ficar à toa na cidade que não para. Parei para olhar SP e não vi uma montanha. Nem de longe. Haja arranha-céu. Selva de pedra mesmo. E olha que fiquei em um prédio alto, bem no centrão da capital. Nada de morros verdes e misteriosos.

Sou um carioca com esse vicio de mineiro de olhar para morros e montanhas. Me encanta aquela grandiosidade bem acima do chão de nossas vidas rasteiras. Às vezes, acho que até prefiro olhar para montanhas a olhar para o mar – embora o mar também me provoque a esperada sedução.

Falando em Minas, muitas denúncias vêm mostrando que as famosas montanhas da Serra do Curral estão diminuindo por conta das atividades mineradoras. Algo extremamente assustador e preocupante. Não tem riqueza no mundo que pague uma boa vista para uma bela montanha. Eu posso passar horas olhando para uma e pensando em que tipo de vida e sensações existem lá. É como se estivesse olhando um planeta, um novo mundo.

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A cidade do Rio de Janeiro possui três maciços: Pedra Branca, Gericinó, e o da Tijuca. Eles são compostos por suas cadeias de morros e montanhas. Para quem não sabe a diferença entre morro e montanha, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), morro é uma elevação natural do terreno com altura de até aproximadamente 300 m e montanha é uma elevação com altura acima disso.

Como o Rio de Janeiro é cercado de morros e montanhas, em praticamente toda a cidade, nós podemos ver as nossas. De onde moro, Curicica, Zona Oeste, vejo de boa parte do bairro as elevações de árvores verdinhas, verdinhas. Coisa linda. Dá para ver de longe, de perto, próximo ao mar, às lagoas, baías, ou seja, tem vista para as elevações verdes de todos os cantos de nossa cidade.

Tem até a lenda que diz que parte das montanhas do Rio de Janeiro (da Barra até a Zona Sul) formam um gigante adormecido. A história completa, você pode conferir nesse vídeo.

Nosso estado também é cercado de montanhas, morros, serras. De acordo com algumas pesquisas, a maioria das rochas cariocas e fluminenses que vemos nas alturas se formou há cerca de 600 milhões de anos, durante a época chamada Eon Paleozóica. O continente Americano nem existia ainda.

As montanhas do Rio de Janeiro são mais um privilégio que temos que valorizar por aqui. E mais um motivo para causar inveja nos vizinhos. Foi mal mais uma vez, São Paulo.

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