Sabemos que o verdadeiro prato carioca é Biscoito Globo com Mate Leão, em 2009 fiz, inclusive, um post contando um pouco da história do Biscoito Globo. E uma Superinteressante de 2012 trouxe algumas curiosidades do biscoito polvilho símbolo do Rio de Janeiro.
Conheça estas e outras curiosidades:
Os Buracos
O biscoito é feito basicamente de água, leite, óleo e polvilho. Assim que é levado ao forno, a água dos ingredientes começa a evaporar e os gases se expandem. É isso que faz a textura areada do biscoito.
No final do cozimento, perto dos 75 oC, as paredes das células da massa formam uma crosta na parte exterior do biscoito e o impedem de continuar crescendo. Assim ele chega ao tamanho final, cheio de buracos.
O Mineiro
A palavra vem do latim “pulvu”, que deu origem ao português “pó” e “poeirento” (como o biscoito).
Já a origem do quitute é muito menos conhecida. Ele é um prato tradicional mineiro. Não se sabe ao certo quem inventou a receita – apenas que é antiga. Segundo o historiador Câmara Cascudo, no século 18, as cozinheiras das fazendas de Minas Gerais, já preparavam biscoitos de polvilho para servir aos senhores.
Paulista
Sinônimo de biscoito de polvilho para os cariocas (e para os turistas), o Biscoito Globo nasceu em São Paulo. Com a separação dos pais, os irmãos Milton, Jaime e João Fernandes, tiveram que trabalhar na padaria de um tio no Ipiranga. Foi lá que em 1953, eles aprenderam a fazer o biscoito.
Dois anos depois, em 1954, ele desembarcou no Rio para participar de um evento católico. Como o produto bombou, eles nunca mais voltaram para São Paulo.
Produção Non Stop
A fábrica do Globo funciona de domingo a domingo, das 6h às 20h. Cerca de 350 ambulantes fazem fila na porta para comprar os 150 mil biscoitos produzidos diariamente. São 10.714 biscoitos por hora. Nos dias de sol, são vendidos até 12 mil pacotes.
Antimarketing
O Biscoito Globo nunca fez propaganda, recusou ofertas de abrir franquias em outros estados, jamais mudou de embalagem, mas tem uma embalagem de plástico vendida em supermercados e tem um único ponto de distribuição: a fábrica.
Da mesma forma, nunca pensou em licenciar a marca, por isso, a embalagem já apareceu estampada em cangas, biquinis, bolsas, etc. A única inovação de design está nas cores: os pacotes vermelhos vendem biscoito doce e os verdes, salgado – herança de uma época em que os ambulantes eram analfabetos.