O Instituto Rio21 fez uma análise dos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), um instrumento de acompanhamento e de fiscalização do processo de admissão e de dispensa de trabalhadores regidos pela CLT. Foram analisados os dados de 2019 especificamente no caso da cidade do Rio de Janeiro, com acesso facilitado pela Base dos Dados.
Ao longo do ano de 2019, o mês em que houve mais pessoas desligadas no Rio foi em outubro. Em compensação, houve uma queda nesse número no mês seguinte, em novembro:
Pelo gráfico, observamos que houve um pico de pessoas admitidas em setembro, um mês antes do pico de desligamentos.
No que diz respeito ao grau de escolaridade, os maiores percentuais de pessoas admitidas e de desligadas ocorreu no caso das pessoas com ensino médio completo. Esse fator tem a ver com a oferta de mão de obra na cidade, e tem implicações nos tipos de trabalho que esses indivíduos exercem – provavelmente, atividades profissionais que não demandam alto grau de especialização:
Por outro lado, o nível superior completo foi o grau de escolaridade que ocupou a segunda posição entre admitidos e desligados. Outro fato importante de se notar é que pessoas com níveis de escolaridade mais baixos frequentemente não estão contratadas em regime CLT, alocadas muitas vezes no mercado informal.
De forma geral, os dados mostram uma certa rotatividade na mão de obra da cidade, já que os percentuais de admissão e desligamento são muito parecidos. Em particular, a série temporal dos meses permite observar que houve, em certo grau, ciclos no mercado: se num determinado mês houve alta de admissões, em um mês próximo houve aumento de desligamentos.
É barca que chama? Como ter experiência desse jeito, né? Aliás, ela não parece ser mesmo relevante de acordo com esses dados. Agora sei que não passa de conversa fiada aquela velha desculpa da falta de experiência. É preconceito, na verdade.