A evasão escolar, um assunto preocupante, tem deixado os gestores de educação pública em alerta devido aos números altos durante a pandemia.
O secretário municipal de educação do Rio, Renan Ferreirinha, explicou que a contagem dos alunos que desistiram das aulas na rede municipal ainda é uma parcial, mas contabilizou que 25 mil estudantes abandonaram as escolas no último bimestre deste ano. Segundo ele, só o Censo Escolar no fim do ano poderá apresentar um retrato mais completo.
“São 25 mil alunos que não foram presencialmente para as escolas e não entregaram as atividades da maneira como foi planejada, de forma remota, não tiveram vínculo nesse último bimestre“, disse Ferreirinha ao portal de notícias “G1”.
A Secretaria Estadual de Educação do Rio de Janeiro informou que ainda não tem um levantamento definitivo sobre a evasão escolar na rede, mas confirmou que 11% do total de alunos matriculados tiveram menos de 75% de frequência nas atividades presenciais ou à distância no mês de setembro. Isso significa cerca de 80 mil estudantes.
O percentual de desistência é o dobro do que foi registrado em 2019, antes da pandemia. A Secretaria Municipal de Educação tem 2019 como referência, já que em 2020, com a suspensão das aulas presenciais, a frequência escolar não foi aferida com precisão.
Volta às aulas sem rodízio
Nesta segunda-feira (18/10), estudantes da pré-escola (4/5 anos); do 1º, 2º, 5º e 9º anos do ensino fundamental; e do Programa Carioca 2, de aceleração de ensino, voltaram ter aulas sem rodízio e sem obrigatoriedade de distanciamento entre as carteiras.
No próximo dia 25, voltam as 3º, 4º, 6º, 7º e 8º anos do ensino fundamental; creches; alunos do EJA – programa de Educação de Jovens e Adultos; e classes especiais.
O secretário Renan Ferreirinha espera que o retorno ajude a recuperar os alunos que deixaram as escolas: “nós queremos recuperar todos os nossos alunos para as nossas escolas. Nós temos diferentes formas de atuação nessa busca ativa, desde a direção da escola entrando em contato com pais e responsáveis. Até o carro de som circulando no subúrbio. Para quem não sabe, essa é uma forma extremamente eficaz de, no subúrbio carioca, ainda conseguir fazer com que as famílias saibam que a escola está funcionando“.
O distanciamento entre as carteiras não é mais obrigatório, mas o recreio agora é dividido por turmas e a máscara continua sendo necessária.
Alguém pode me explicar como uma escola de turno único funcionando de 8 às 14, com apenas um refeitório e merendeiras concursadas com mais de 40 anos cada uma e com mais de 15 anos de serviço, pode atender um quantitativo em média de 400 alunos em um único refeitório e ainda cumprir com o protocolo de higiene necessário a COVID? Servindo Desjejum, almoço e lanche?