Dani Monteiro: Democracia, Vasco e a vitória da resistência

Dani Monteiro comenta os resultados importantes registrados nas urnas e nos campos de futebol

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Reprodução Torcidas do Vasco

Faz menos de duas semanas que vencemos a eleição mais difícil da nossa história republicana. E foi por pouco. No último dia 30 de outubro, dissemos não a um Estado violador de direitos e demos início a um tempo em que esperamos expurgar toda a vileza e o sadismo de um presidente que nos atacou a alma. Mas não foram só as urnas que nos devolveram a alegria, os companheiros vascaínos hão de concordar comigo. Voltar para a série A, nosso lugar merecido, garantiu uma dose extra da mais pura felicidade.

Não fossem os pouco mais de dois milhões de votos que nos garantiram a vitória na eleição, o que será que seria de nós? E essa gente delirante amotinada nas estradas, o que será que vai fazer? Depois da apuração encerrada e oficializada pelo Tribunal Superior Eleitoral, eu só queria saber de futebol, daquele jogo seguinte em que o Vasco só precisava do empate. Depois da contagem do voto a voto, o ponto a ponto e o passe a passe podiam ser diversão, mas com torcida não se brinca. E os jogadores que suassem as suas camisas para garantir em campo a mesma força que nós, cidadãos, tivemos nas ruas e nas urnas para bancar a democracia. E não é que deu pé? Milagres acontecem, pelo visto, também na política e no futebol. Eu, particularmente, não acredito em milagres, mas não ouso duvidar.

Se preservamos a democracia a duras penas, temos agora a tarefa de consolidá-la para não ficarmos mais tão vulneráveis a solavancos no futuro. Sofremos muito para garantir a vitória sobre o golpe que nos foi dado. Contra o uso corrupto da máquina pública, contra o capital estrangeiro, mas, pior, contra muitos de nós que apoiaram o terror que se instalou em nome de um nazismo não declarado, mas evidente.

É contra a sujeira que não podemos varrer para debaixo do tapete que vamos continuar lutando. Em defesa de um estado que nos proteja a todos, essencialmente os mais desamparados, como são pretos, indígenas e pobres.

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Por isso, sugiro que cantemos todos, de coração, pela democracia que queremos ter preservada. A Cruz de Malta é o meu pendão, assumo com orgulho. Mas desejo, sobretudo, que a imensa torcida de todos os times seja bem feliz. E que as disputas em todos os campos sejam justas. Axé e sigamos, há muito jogo pela frente.

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4 COMENTÁRIOS

  1. Do PSol… um “estado violador de direitos”?!
    Que direitos?
    Quais direitos?
    Por favor, nos lembre de uma ÚNICA violação de direitos, do Governo de Jair Bolsonaro!
    Tem gente que confunde alhos (Executivo) com bugalhos (STF/TSE), por má fé.

  2. Quem cai nessa balela de Vasco republicano e democrático não conhece suas origens portuguesas e renega a figura de Getúlio na história do Vasco, hoje o meu Vasco essas coisas pelo simples motivo de dinheiro e isso é nojento, mas continuamos, pois, a Cruz é o mais importante.

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