A última semana de trabalho antes do recesso do plenário da Assembleia Legislativa do Rio foi emblemática dos muitos embates que teremos pela frente e também do quanto a população precisa estar atenta aos seus representantes eleitos. Dois projetos que mais pareciam aberrações foram aprovados em benefício do governador e seu alto escalão, outro em benefício dos próprios deputados.
Benesse pouca para quem já tem muito não é bobagem. No país em que boa parte dos seus cidadãos vasculham lixo para ter o que comer, o que justifica que um governador tenha um aumento de mais de 60% em seu salário, enquanto os servidores públicos, esses que fazem o estado funcionar, levam parcos 5,9% de recomposição salarial, que se estenderá aos inativos e pensionistas, todos com rendimentos congelados desde 2015?
O projeto beira a indecência, mas a Assembleia Legislativa consentiu, que fique claro. Assim, Claúdio Castro passará a embolsar R$ 35,4 mil por mês, por conta de um percentual, que abarca também o alto escalão, e é 3,15 vezes maior que o percentual acumulado dos servidores. Castro conseguiu a façanha de superar o governador eleito de São Paulo, o estado mais rico do país, que dará ao governador eleito, Tarcísio de Freitas, proventos mensais de R$ 34,5 mil após um aumento de 50%.
Não bastasse o abuso do Executivo, foi aprovado ainda, na última sessão de 2022, mesmo sob intensa pressão dos que se opuseram, um Plano de Previdência Social que garantirá aos deputados estaduais fluminenses aposentadoria voluntária, por idade e tempo de contribuição; aposentadoria por invalidez permanente; e pensão por morte. É fato que o tal plano terá caráter facultativo, contributivo e suplementar e valerá aos deputados com idade mínima de 60 anos e acumulem cinco legislaturas.
Reforma da Previdência que ampliou o tempo de contribuição para a aposentadoria dos cidadãos comuns à parte, lembro o que os deputados que agiram em benefício próprio parecem ter se esquecido: para ter direito ao Benefício de Prestação Continuada, pago pelo governo federal, a idade mínima para que um idoso pobre e sem recursos seja contemplado é de 65 anos. O BPC, no valor de um salário mínimo, não é aposentadoria, é importante lembrar, também, e não se estende a dependentes, tampouco é vitalício.
As discussões e os embates acerca desses dois projetos e do que eles representam sobre a nossa sociedade foram intensos. Nós, os que pedíamos comedimento e menos acinte contra a população, entendemos também o tamanho do desafio que teremos se quisermos um dia restringir esse estado de privilégios e injustiças. Para que tenhamos, enfim, a cidadania como pressuposto de uma verdadeira democracia.
Por agora, chega de agonia. Que venha o ano de 2023 e todo o axé que precisamos!
Meu pai em sua Santa sabedoria lá nos idos anos 70, disse-me: este país é um mar de lama e a política um rio de podridão, nem daqui há 60 anos, vc meu filho ainda menino vislumbrará a verdadeira democracia q todo cidadão há de ter. Passou 50 anos e ainda não vi, é impressionante! Cada vêz mais está nação é tomada de assalto e poder nocivo.
O festival de absurdos do país dos jeitinhos não para de aumentar…como se os que já existissem não fossem suficientes para fazer qualquer ser minimamente honesto ficar envergonhado. Não vou perder meu tempo dando exemplos, pois os que tiverem um mínimo de conhecimento já os conhecem de cor, agora que dá NOJO ver esses canalhas se dando benefícios indefinidamente é FATO. E estamos falando da CASTA dos “3 podreres” e seus serviçais diretos e não da raia miúda que se mata de trabalhar para ganhar pouco e sem recursos mínimos para prestar um bom serviço a população. É por isso que quando essa raça chega ao nirvana (poder) prefere morrer do que perder a boquinha. ESCOLHA MELHOR QUEM VC COLOCA PARA LEGISLAR ou passe a vida sendo escravizado por essa gentalha…a escolha é SUA!
Esse e um país que vai pra frente rssssssssss lembram disso?