Com o VLT, as definições de confiança foram atualizadas. Um modelo de pagamento inédito, que aposta na prestação de um bom serviço aliado à fiscalização baseada na orientação, e que se provou sucesso tanto entre cariocas quanto visitantes. A transcrição foi retirada do site oficial do VLT Carioca, que define a prestação de serviço como “um bom serviço aliado à fiscalização baseada na orientação” e “definições de confiança atualizadas“.
O Veículo Leve sobre Trilhos, mais conhecido como VLT, foi implementado no Centro do Rio de Janeiro em junho de 2016, inspirado nos bondes dos anos 60, com a promessa de melhorar a mobilidade. Na época, algumas linhas de ônibus que circulavam pelo Centro da cidade foram retiradas de circulação com o objetivo de aumentar o número de passageiros no VLT, o que gerou muitas reclamações por parte dos transeuntes.
Os cariocas, que há muito tempo sofrem com todos os meios de transporte da cidade, olharam com desconfiança para o novo modal. Com o passar dos anos, o VLT mostrou ser uma boa opção para os usuários de transporte público.
Entre os aspectos positivos, podemos mencionar o curto tempo de espera, de 5 a 7 minutos no máximo; a disponibilidade de painéis com informações sobre o tempo de espera; a limpeza dos veículos; a cordialidade dos fiscais; a mobilidade pelo Centro da cidade, evitando o trânsito caótico; a praticidade de carregar os cartões de passagem; e a sensação agradável de passear por um Centro parcialmente revitalizado, com paisagens muito bonitas.
No entanto, como diz o ditado, tudo que é bom dura pouco! Inicialmente, foram colocadas grades ao redor da Estação Cristiano Ottoni/Pequena África, o que dificultou extremamente a circulação das pessoas. O responsável pela “engenharia” não considerou que o acesso à estação é feito por uma rampinha estreita que, durante o horário de pico, faz com que as pessoas tenham que se espremer para sair da estação. Certamente, também não foi levado em conta que as pessoas que utilizam o VLT também usam o péssimo serviço prestado pela Supervia, e a pressa do trabalhador se deve ao fato de que, se perder um trem, o tempo de espera é imprevisível, chegando muitas vezes a 40 minutos.
Além disso, não foi considerada a possibilidade de dificuldade na retirada de pessoas em caso de acidente no local, devido às grades. Como outro ditado diz, “tudo que está ruim pode piorar“! Há uma semana, as máquinas de validação, que antes estavam dentro do veículo para posterior verificação pelos fiscais, foram colocadas antes do acesso à Estação Cristiano Ottoni/Pequena África, sem qualquer comunicação aos usuários, de forma totalmente desorganizada!
O que observei na última terça-feira, 13/6, na Estação Cristiano Ottoni/Pequena África foram fiscais com expressões pouco amigáveis, uma tremenda bagunça, sem qualquer fila organizada para acesso à estação e sem qualquer comunicação prévia aos usuários. A decisão do VLT de dificultar o acesso à estação está fazendo com que os trabalhadores percam o VLT na ida para o trabalho e, eventualmente, percam o trem de volta do trabalho!
O VLT entrou para a lista dos meios de transporte que oferecem um péssimo serviço ao carioca. As definições de desconfiança foram atualizadas! As definições de um serviço sem qualidade também!