Por André Delacerda
Neste ano comemoramos os 200 anos de nascimento do naturalista Charles Darwin, e os 150 anos da sua obra prima, o livro “A origem das espécies”.
O homem que mudou o conceito da evolução das espécies com suas teorias. Esteve em terras cariocas em 1832, por três meses, quando andou por nossas matas, observou nossas montanhas e a riqueza das espécies da fauna e flora, com especial atenção para a Mata Atlântica.
A expedição de Darwin naquele ano, começou no Jardim Botânico, que para surpresa, não encantou o naturalista, pois a visão que teve era de que se tratava de um jardim de especiarias. Dizem que umas das primeiras observações da flora que Darwin fez no Jardim Botânico do Rio foi a da árvore do fruta-pão, uma das muitas plantas trazidas pelos portugueses na época Joanina.
Quiçá, Darwin pudesse avançar no tempo e ver toda a graça e riqueza que se pode encontrar no Jardim Botânico do Rio nos tempos atuais.
Quem sabe não se encantaria com o viveiro das bromélias, as exóticas flores do orquidário e com os pássaros que voam entre as muitas aléias, ou entre as palmeiras imperiais, que são a marca do belo Jardim Botânico carioca.
Segundo Randal Kaeys, tataraneto do naturalista, em entrevista a imprensa, o Rio teve uma importância relevante nas pesquisas de Darwin.
“Foi imensa. O Brasil foi o primeiro lugar em um continente que ele visitou na expedição do Beagle. Foi aqui, no Rio, que ele viveu sua primeira experiência em uma floresta tropical ‘completa’. Ele adorava ir e voltar da mata, mergulhar no seu silêncio, na sua incrível diversidade de plantas, insetos e animais.”
Diário do Rio, traz para os leitores, uma frase que expressa a visão de Darwin sobre a paisagem carioca.
“As vezes envoltas em nuvens brancas as vezes iluminadas pelo sol, os cumes rochosos mostram-se sempre em novas imagens.”