Dauro Machado: Carnaval sem preservativo, um perigo real

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Quando a AIDS foi descoberta nos anos 80, ser diagnosticado com a doença que destruía o sistema imunológico era uma sentença de morte. Além do preconceito enorme da época, a falta de conhecimento e medicamentos para combater o vírus HIV proporcionava um rápido avanço de doenças que encontram caminho livre em organismos sem defesas.

Com o avanço das pesquisas vieram os anti retrovirais que combinados são chamados de
coquetel anti HIV. Estes medicamentos que hoje nem apresentam tantos efeitos tóxicos e colaterais como quando lançados, impedem, por um período de tempo, que o vírus se replique no organismo humano, dando ao portador qualidade de vida com um sistema imunológico funcionando graças aos medicamentos.

A imprensa comemorou a vinda do coquetel comparando a AIDS a doenças crônicas como o diabetes e anunciando que os tempos de “morte certa” tinha acabado. De fato a qualidade de vida dos portadores do HIV melhorou sobremaneira mas a doença continua sendo uma síndrome sem cura.

O coquetel não mata o vírus, controla sua replicação por um tempo. Em certos casos o resultado depende da resposta de cada paciente e as pessoas continuam morrendo de doenças oportunistas por conta do HIV. O Brasil é um modelo neste ponto. Os medicamentos são distribuídos gratuitamente para os portadores do vírus assim como a novidade do momento, o remédio chamado TRUVADA. A imprensa novamente incentivou ainda de que maneira involuntária o sexo não seguro alegando que o TRUVADA se tomado após determinado números de horas em que se praticou sexo sem camisinha é capaz de impedir a infecção pelo vírus HIV se for o caso.

A comunidade cientifica discorda dessa afirmativa e a fiz que o TRUVADA é mais uma arma
no arsenal contra a síndrome mas que não há como garantir 100 por cento que seu uso após sexo inseguro seja eficiente para uma não contaminação. O Carnaval começa e em muitas cidades o “bloco já está na rua”. É uma época onde o sexo acontece de forma muito mais natural e as vezes até em excesso.

As baladas de Momo estão sempre ligadas a bebidas, drogas em alguns casos, beijos roubados e noitadas de amor. Descontraídas e iludidas de que o coquetel ou o TRUVADA poderão resolve-lhes a vida em caso de uma possível infecção pelo HIV as pessoas fazem sexo sem proteção, sexo inseguro, sexo de risco, sexo que pode matar.

Os cientistas continuam preconizando a mesma recomendação: Sexo só com camisinha, sexo seguro, AIDS não tem cura e o coquetel não elimina o vírus. Depende da responsabilidade de cada um, não cometer atos impensados no Carnaval. Fazendo sexo seguro, o folião não corre o risco de atravessar o samba.

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Jornalista, especialista em assessoramento e cerimonial público, Bacharel em Direito, publicitário e Radialista. Também tem formação em Assessoria de Imprensa e relações institucionais, além de editor de jornais, livros, revistas e outras publicações

1 COMENTÁRIO

  1. Não vejo campanha para as massas de foliões e distribuições de preservativos como antes.
    Isso tem a ver com a ideologia desses governos (Federal, Estadual e Municipal). Afinal, nada menos que Bolsonaro, Witzel e Crivella.

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