A Sala Stampa, órgão de imprensa da Santa Sé, comunicou esta semana que sua Santidade, o Papa Francisco transferiu o Núncio Apostólico no Brasil, Dom Giovanni D´Aniello, para a Rússia onde será o titular da Nunciatura.
Representante Diplomático do Papa no Brasil desde 10 de fevereiro de 2012, Dom D´Aniello marcou sua passagem pelo serviço Diplomático da Santa Sé por sua simplicidade, acessibilidade e acima de tudo por seu enorme senso de justiça.
Dom Giovanni apresentou credenciais aos Presidentes Dilma Roussef, Michel Temer e Jair Bolsonaro. Homem de grande conhecimento teológico, foi um Núncio profundamente aberto ao diálogo, pronto para ouvir aqueles que verdadeiramente desejam o bem da Igreja Católica. Sua presença no Brasil engrandeceu o Serviço Diplomático da Santa Sé.
Em Moscou ele terá como missão estreitar cada vez mais as relações e o diálogo da Santa Sé com o Governo Russo e com a Igreja Ortodoxa. O Presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, Dom Walmor de Oliveira Azevedo publicou um vídeo em que manifesta a gratidão e o reconhecimento do Episcopado Brasileiro e dos Católicos a Dom Giovanni, desejando sucesso em sua nossa missão apostólica.
O Papa não nomeou ainda o novo Núncio Apostólico para o Brasil. Até que ocorra a nomeação a Nunciatura, que equivale a uma Embaixada, ficará a cargo do encarregado de negócios. O Jornal Testemunho de Fé, órgão de imprensa da Arquidiocese do Rio de Janeiro publicou um artigo de página inteira sobre a importância do Núncio no País e seu trabalho em favor da Igreja e dos Católicos Brasileiros. Com um texto riquíssimo, escrito pelo Diplomata da Santa Sé, Monsenhor André Sampaio de Oliveira, o conteúdo tem sua primeira parte dedicada a explicar ao leitor a importância do serviço Diplomático da Santa Sé e sua história.
Monsenhor André, formado Diplomata pela Academia Pontifícia, sabe como poucos explicar o tema. No texto, Monsenhor André dá ênfase a magnífica missão de Dom Giovanni D´Aniello que tão bem desempenhou seu papel Diplomático sem nunca deixar de seguir uma das máximas da Diplomacia Vaticana: O Núncio é um Embaixador mas nunca poderá deixar de ser um Padre. A comunidade Católica Brasileira, o Arcebispado, o Episcopado e o Clero de forma geral lamentaram a saída do Núncio cuja transferência para a Rússia tem o condão de uma promoção já que naquele gigante País é preciso a presença de um Núncio experiente dada a complexidade das relações de Estado e Canônicas que são o dia a dia da Nunciatura em Moscou.
Aqueles, do Clero ou não, que tiveram o prazer de conhecer Dom Giovanni D´Aniello sentiram uma triste sensação de orfandade. Como dito, o Núncio nunca valeu-se de sua importante posição de representante do Papa no maior País Católico do mundo para encastelar-se, pelo contrário. Dom Giovanni sempre foi receptivo às pessoas e sempre deu a todas a mesma atenção e disposição de ouvir. Seguramente o Santo Padre escolherá outro grande Diplomata Vaticano para ocupar a Nunciatura mas nunca Dom Giovanni, que ousamos chamar de Dom D´Aniello – o justo, será esquecido em toda a história das relações Brasil – Vaticano. Que Deus o ilumine em sua nova Missão Pontifícia na Rússia.