O pároco responsável pela Paróquia São João Batista, Antônio Firmino Lopes, entusiasmou-se num de seus sermões e fez críticas severas aos católicos que, em razão da pandemia do novo Coronavírus não estavam comparecendo às missas. As duras palavras do Padre que chegou a desejar à morte dos ausentes as celebrações viralizou de tal forma que foi um dos assuntos mais comentados na última nas redes sociais.
Indiscutivelmente as palavras do Padre foram infelizes e desnecessárias, deixando inclusive de levar em conta o Decreto do Bispo de Leopoldina, Dom Edson José Oriolo do Santos que liberou a obrigação da Missa Dominical aos Católicos que não se sentissem seguros e com medo da Covid-19. A Igreja Católica defende a vida. O Padre ainda não levou em conta as decisões da Cúria de Leopoldina de, juntamente com as foranias, retornar as celebrações presenciais com todas as medidas de segurança e prévia autorização da autoridade sanitária de cada Município.
Sim o Padre falou demais e o exagero que a internet deu ao comentário dele também foi demasiado considerando que ele é humano, passível de erros. É preciso que tenhamos certa misericórdia nessas horas. Quem nunca fez um comentário infeliz que aponte dedos. Quem nunca pecou que atire a primeira pedra.
Dois dias depois do comentário, o Padre, com humildade e arrependido do enorme transtorno que causou, voltou às redes sociais e pediu desculpas pelo feito. Nunca é fácil se desculpar, mas às vezes é preciso.
Feitas estas considerações, o ocorrido teve um ponto positivo que merece ser
destacado nesta coluna. Este ponto positivo certamente servirá de parâmetros
para o Clero da Diocese de Leopoldina como um todo e até mesmo para os leigos.
A Diocese de Leopoldina não está sob o Governo de um Bispo despreparado, omisso
e desatento. Temos nela um verdadeiro Pastor, com a responsabilidade de acolher
suas ovelhas e dar a elas as diretrizes para a retidão do comportamento.
Dom Edson, Bispo, Professor, detentor de Mestrado, autor de livros e um dos mais lúcidos pensadores Católicos do Episcopado Brasileiro tomou conhecimento do acontecido, das palavras desnecessárias do Padre Firmino e de pronto, segundo apuramos, usando de sua Autoridade que lhe outorgou o Santo Padre, solicitou de maneira firme e muito clara que o Padre refletisse sobre sua fala e pedisse desculpas a todos que com elas se sentiram ofendidas. O Padre que ao se desculpar me pareceu sincero e arrependido também estava a cumprir a ordem de seu Bispo, seu Superior a quem ele jurou obediência.
Nas muitas vezes que conversei com Dom Edson percebi nele um profundo amor pela Igreja, uma vocação natural para de amor e acolhimento a seu Clero e a seu rebanho e a certeza de que a bondade e a misericórdia nos deixam próximos de Deus. Vi nele também a firmeza de seus posicionamentos, a certeza do caminho que a porção da Igreja Católica de Leopoldina deve seguir e seguirá. Dom Edson reconhece que a Igreja no interior começa sua caminhada nas redes sociais como instrumento de propagação da Fé e Evangelização e por isso mesmo, nas muitas reuniões por vídeo conferência que fez com seus Padres, afirmou que os mesmos tivessem cautela que usassem a internet como um fator agregador e não o contrário.
O Padre certamente está perdoado por aqueles que entendem que, errar é humano, que todos tem seus erros e suas misérias, como o próprio Padre Firmino assumiu humildemente ter.
Quanto ao Bispo, não se esperava dele atitude diferente, seu preparo é grande tanto que ocupou cargos importantes na Igreja como a de Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Belo Horizonte. Como de tudo se tira uma lição, a que tiramos desse episódio foi que os Padres da Diocese de Leopoldina atualmente tem um Bispo atento, que Governa, que age, que conduz, enfim, um verdadeiro Pastor. O que se tira de bom deste episódio é que a Diocese de Leopoldina que num passado não muito distante era silenciosa, distante e claudicante, hoje tem um grande Bispo que mostra a que veio: Veio ser Pai um Pai é carinhoso contudo é também aquele que nos tira da beira do abismo e nos repreende para o nosso bem. Dom Edson Oriolo, o amado Bispo de Leopoldina que em meses recolocou a Diocese na posição de importância que ela havia perdido.
Sou católico, mas o catolicismo de são Francisco de Assis, irmã Dulce, madre Teresa de Cálcutá, Zilda Arns, dom Hélder, e …..
Não de padrecos idiotas, pedófilos e ladrões, como tem vindo à tona ultimamente.
Recado, abandonem a pele de cordeiro e cai no mundo, com responsabilidades nos atos cometidos, serve tbm para evangélicos….
Engraçado, é mto pouco o caso das religiões afro-brasileiras, envolvidas com exploração do povo…
Axé…..