De fábrica de fogões a espaço cultural, a história da Fundição Progresso

O prédio que atualmente recebe shows, cursos e abre as portas para tudo que inspire arte e cultura, sediou a Fábrica de Fogões Progresso, fundada no final do século XIX e fechada em 1976

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Um casarão histórico que abriga em seu interior as mais variadas manifestações artísticas e culturais é a cara do Rio de Janeiro. Esse é um resumo que cabe à Fundição Progresso. No entanto, nem sempre foi assim. O lugar já foi bem diferente.

O prédio que atualmente recebe shows, cursos e abre as portas para tudo que inspire arte e cultura, sediou a Fábrica de Fogões Progresso, fundada no final do século XIX e fechada em 1976.

Aberta em 1881, a fábrica foi a primeira deste seguimento no Brasil. Além de fogões, cofres, ferros de passar, sinos, portões e outros utensílios eram feitos por lá. Foi fundada pela Família Pinho, de portugueses que tinham muitos imóveis no Morro da Conceição e que foram grandes apoiadores do Vasco da Gama.

fabrica fundicao De fábrica de fogões a espaço cultural, a história da Fundição Progresso

Interior da antiga fábrica. Foto: Fundição Progresso

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Em 1975, a Fábrica de Fogões Progresso foi desapropriada para a construção de uma avenida. A pista nunca saiu do papel e o prédio acabou se deteriorando sem uso.

Após o fechamento da Fábrica, o edifício ficou desocupado e seria demolido. Porém, no início dos anos 1980, um grupo de artistas que preparavam a chegada do Circo Voador à Lapa ocupou o prédio e passou a fazer dele um grande espaço cultural.

Em 1999, após um afastamento por algumas divergências, Prefeito Fortuna assumiu como o presidente da ONG Fundição de Arte e Progresso. Sua medida inicial foi chamar grupos artísticos como Intrépida Trupe, Teatro de Anônimo, Armazém Cia. de Teatro, entre outros.

Esses grupos, somados às pessoas que já estavam à frente do projeto, fortaleceram as principais características da fundição, presentes até os dias atuais.

No começo dos anos 2000, reparos arquitetônicos e medidas de segurança foram implantadas para que a Fundição Progresso evoluísse nos pontos que deixava a desejar.

Nessa mesma época, a casa de espetáculos da Fundição foi concluída. Ela ganhou palco de madeira, telhado, acústica e estrutura profissional para os shows maiores. Primeiro e segundo piso e o terraço da Fundição foram reformados.

A Fundição Progresso promove eventos simbólicos para o Rio de Janeiro. Entre eles estão o Concurso Nacional de Marchinhas Carnavalescas, o Carnaval da Lapa, o Núcleo de Educação e Cultura.

Até os dias atuais, Intrépida Trupe, Armazém Cia de Teatro, Teatro de Anônimo usam o espaço físico da Fundição para ensaios, reuniões e apresentações. Além deles, Vídeo Fundição e Orquestra Petrobras Sinfônica também estão por lá quase que diariamente.

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Pelo palco da Fundição Progresso já passaram artistas nacionais como Cássia Eller, Los Hermanos, Maria Rita, Lenine, O Rappa, Jorge Ben Jor, Os Paralamas do Sucesso, Natiruts, Skank e muito – muito mesmo – mais.

Os gringos também já sentiram o gosto de tocar na Fundição. Franz Ferdinand, Manu Chao, Motorhead e Marilyn Manson, são alguns dos artistas internacionais que tiveram essa experiência.

De fábrica a uma verdadeira usina cultural. Essa é a Fundição Progresso.

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