De indústria a polo de educação e cultura, a história da primeira fábrica têxtil do Brasil

Localizada em Paracambi, a antiga Companhia Têxtil Brasil Industrial é hoje a Fábrica do Conhecimento

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Muitos prédios históricos ficam sem o devido uso no Rio de Janeiro. Alguns poderiam até ajudar a solucionar o grave problema habitacional em nosso estado, capital. Contudo, alguns passam por transformações marcantes e se mantêm importantes para a sociedade. É o caso da antiga sede da Companhia Têxtil Brasil Industrial.

A Companhia Têxtil Brasil Industrial foi criada em 1870. A inauguração da fábrica, em 1876, fez surgir a cidade de Paracambi ao seu redor. No início das atividades, eram cinco mil operários trabalhando lá e que precisavam morar perto do trabalho.

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O prédio da extinta fábrica Brasil Industrial foi aberto com alvará assinado pela princesa Isabel.

“A escolha de Paracambi para a instalação da Fábrica, deve-se a existência de um ramal ferroviário da estação férrea D. Pedro II que ligava a região em que hoje denominamos de Paracambi ao centro do Rio de Janeiro. Esse mesmo ramal que existe até os dias de hoje foi criado em 1861, com o intuito de facilitar o transporte de produtos agrícolas que vinham da região de Vassouras. Outro fator importante que contribuiu para a escolha do local são quedas d’água da região que favoreciam a força motriz das máquinas, evitando o consumo de carvão. Além disso, poderiam ser utilizados como mão de obra os moradores que habitavam região ao redor da Estação de Macacos (hoje Estação de Paracambi). Esses três fatores conjugados tornavam a região um excelente polo de atração para instalação da Companhia”, conta o historiador Marroni Alves, especialista em Baixada Fluminense.

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Foto: Arquivo – Laboratório de Estudos dos Mundos do Trabalho, LMT

De acordo com relatos históricos, Dom Pedro II visitou o espaço, todo construído em estilo inglês do século XIX, duas vezes. A Companhia foi fundada com o objetivo de fabricar tecidos feitos de algodão. Esses tecidos eram denominados de “tecidos finos”, de boa qualidade. Pois, os tecidos produzidos no Brasil, até então, eram tecidos grosseiros feitos para serem utilizados como saco e para as vestimentas das pessoas escravizadas.

Depois de quase um século produzindo tecidos de algodão, a fábrica fechou as portas em 1984. Em 1985 foi tombada pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac). Comprada pela Prefeitura de Paracambi em 2001, foi transformada na Fábrica do Conhecimento, ou a Universidade Municipal, para usar uma expressão dos moradores da cidade.

São quatro andares de um espaçoso edifício. Só prédio principal tem quatro mil metros quadrados, e ainda há os anexos. O espaço é um grande complexo onde funcionam a Companhia Municipal de Balé, o Planetário, o Espaço Cinema e Arte e o núcleo da Escola de Música Villa-Lobos; além do Espaço da Ciência e de uma brinquedoteca. Lá também estão instaladas as secretarias municipais de Cultura e de Meio Ambiente, cada uma em seu prédio.

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Atualmente, circulam mais de seis mil estudantes matriculados nas instituições como a Fundação de Apoio à Escola Técnica do Estado do Rio de Janeiro (Faetec), o Instituto Superior Tecnológico de Paracambi, o Centro Federal de Educação Tecnológica de Química (Cefetq) e o Centro de Educação a Distância do Rio de Janeiro (Cederj).

A história se mantém em movimento.

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2 COMENTÁRIOS

  1. A notícia sobre a Brasil industrial paracambi está totalmente defasada. As instituições já mudaram de nome, como o Instituto superior de tecnologia, a quase uma década. CEFET agora é ifrj, um copia e cola sem pesquisa

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