Decreto da prefeitura aumenta área de proteção ambiental do Parque da Catacumba, na Lagoa

Com o triplo da área anterior, unidade de conservação impede qualquer tipo de construção em mais de 100 hectares

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Foto: Divulgação

O Parque da Catacumba, na Lagoa Rodrigo de Freitas, na Zona Sul do Rio, ganhou uma área três vezes maior em relação à sua extensão original. A decisão faz parte de um decreto do Prefeitura publicado nesta quarta-feira (01/12), e põe fim a polêmicas envolvendo possíveis tentativas de construções de novos condomínios na região.

O Parque, uma unidade de proteção integral, e por isso não-edificante, agora abrange as antigas áreas de Proteção Ambiental do Morro dos Cabritos, do Morro da Saudade e do Sacopã, a totalidade do território do Parque Natural Municipal José Guilherme Merquior (6,63 hectares) e a totalidade do território do Parque Natural Municipal Fonte da Saudade (1,96 hectares). Com a mudança o Parque da Catacumba passa a ter 97,65 hectares, divididos em dois setores. Até então, o parque tinha 27 hectares.

O decreto também aumenta a Área de Proteção Ambiental (APA) Sacopã, que passa a ter 248,54 hectares, se estendendo aos limites do espelho d’água da Lagoa – outra novidade. Há ainda novas áreas nas quais não é possível licenciar construções, como por exemplo na Rua Tabatinguera (Lagoa), ao longo da Av. Henrique Dodsworth (Corte do Cantagalo) ou em cima do Túnel Major Vaz (em Copacabana). Ao todo as áreas não-edificantes superam 100 hectares.

Essa medida resolve uma série de conflitos na região, ao ampliar as áreas não-edificantes no entorno da Lagoa. Um justa reivindicação dos moradores, a atualização dos parâmetros de proteção ambiental irá modernizar a gestão ao simplificar. Agora teremos duas unidades na região, em vez de seis, mas parâmetros muito mais restritivos“, comemora o secretário municipal de Meio Ambiente, Eduardo Cavaliere.

Em setembro passado, uma petição criada pela Associação de Moradores da Fonte da Saudade e Adjacências (Amofonte-Lagoa) pedia a proteção integral da área, diante do temor dos moradores que novas construções pudessem ser viabilizadas. A Prefeitura sempre ressaltou que nunca houve autorização para qualquer tipo de remoção de vegetação.

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