Demolição de prédios irregulares na Ilha da Gigoia é retomada após revogação de liminar

Responsáveis haviam voltado a construir unidades e colocaram novos inquilinos em alguns apartamentos desrespeitando a decisão judicial

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Demolição prédios da Ilha da Gigoia.
Demolição sendo realizada por agentes da Seop. Reprodução: Fábio Costa/ Seop.

Nesta segunda-feira (15/07), a Secretaria de Ordem Pública retomou a demolição de dois prédios construídos irregularmente na Ilha da Gigoia, Zona Oeste do Rio. Atualmente, a área é conhecida por sofrer forte influência do crime organizado. A ação da Prefeitura havia sido interrompida devido a uma liminar judicial concedida aos proprietários, que foi revogada na última sexta-feira, dia 12/07.

Segundo informações do setor de inteligência da SEOP, os proprietários reassumiram a construção das unidades e colocaram novos inquilinos no lugar de alguns que desocuparam seus apartamentos após a Prefeitura iniciar o trabalho de demolição no dia 24 de maio de 2024, com apoio do Ministério Público. Durante a ação, os agentes descobriram e desativaram uma ligação elétrica clandestina que fornecia energia para todo o edifício.

No ocasião, a Secretaria de Assistência Social realizou dois atendimentos. Além disso, durante a operação, um promotor do Ministério Público foi atacado por um cão da raça pitbull.

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Demolição de dois prédios construídos irregularmente na Ilha da Gigoia. Reprodução: Fábio Costa/ Seop.

O que se sabe até agora sobre as construções

Conforme conhecimento da Seop, um dos edifícios possui três andares com dois apartamentos por andar, enquanto o outro, também com três andares, possui quatro apartamentos por andar. Ambos foram erguidos sem autorização da Prefeitura. Estima-se que os responsáveis pela obra tenham um prejuízo no valor de R$ 3,5 milhões.

O primeiro edifício está em fase final de construção e o segundo tem obras em andamento, com parte em fase de acabamento e outra em fase de alvenaria. Os prédios não atendem aos parâmetros urbanísticos da região e estão sob fiscalização desde o início das obras, sendo a primeira notificação realizada em abril de 2023, tendo construções aceleradas em descumprimento a ordem que determinava a imediata paralisação.

As edificações foram construídas em um lote de 500 metros quadrados e possuem aproximadamente 900 metros quadrados de área construída.

Participam da operação a agentes da Guarda Municipal, Secretaria de Assistência Social, Secretaria de Proteção e Defesa dos Animais e Polícia Militar.

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