Em meio à pandemia causada pelo Coronavírus, o carioca teve um motivo a menos para se preocupar. Pelo menos nesse início de ano, pois foi o melhor mês de janeiro em relação a casos de Dengue desde que os dados começaram a ser contabilizados pela Secretaria Municipal de Saúde, na série histórica que começou no ano 2000. Neste primeiro mês de 2021, foram apenas 15 pessoas com a doença. Desses, não foi registrada nenhuma morte, o que vem sendo um padrão na cidade desde 2017.
Um número tão baixo de casos de Dengue na cidade do Rio não era registrado desde 2005, quando tivemos 67 pessoas com a doença em janeiro.
De acordo com os dados da Secretaria, analisados pelo Instituto Rio 21, houve certa estabilização do número de infectados desde 2014. Em todo o ano passado, foram 1.203.
Ainda segundo os analistas do Instituto Rio 21, ao que parece, a pandemia causada pelo Coronavírus contribuiu para a não ocorrência de tantos casos de Dengue na cidade do Rio, visto que os números de 2020 e 2021 apresentam forte tendência de queda.
O mês de janeiro com menos chuvas que o normal na cidade do Rio também é apontado como um fator importante, porque acaba gerando menos focos de água parada, onde a fêmea do mosquito da Dengue deposita suas larvas.
Dos casos registrados com local de ocorrência em 2020, 18% deles foram em Campo Grande. A Zona Oeste é a região do Rio mais afetada.
No mês de janeiro de 2021, os quinze casos registrados também apontam para uma maior preocupação com a Zona Oeste. Campo Grande, Guaratiba, Santa Cruz e Jacarepaguá agregam mais de ? dos casos registrados.
“Ainda que possamos celebrar essas pequenas vitórias, como o menor número de casos e nenhuma ocorrência de morte nos últimos anos, precisamos atentar-nos para o fato de que, embora estejamos vivenciando uma nova pandemia, a dengue não deixou de existir. Os cuidados de combate à doença devem ainda ser realizados. Se hoje há essa vitória parcial, certamente há uma contribuição significativa do aprendizado e da prática em combate e prevenção, não só do Poder Público, mas também da população carioca. Isso não pode ser ignorado, sobretudo se o nosso objetivo for a erradicação em um futuro próximo”, destacam os especialistas do Instituto Rio 21.