Depois da recusa em conceder o prêmio de Cidadania, Direito e Respeito à Diversidade à funkeira Ludmilla por 24 votos a 17, nesta terça-feira (14), deputados da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), também barraram uma homenagem ao rapper Leandro Roque de Oliveira: o Emicida, que seria agraciado com a Medalha Tiradentes – a medalha mais importante da Casa. O projeto de resolução da deputada Renata Souza (PSOL) dividiu os deputados: 22 votaram contra e 19 a favor da homenagem ao músico, também nesta terça-feira.
Após impedir a homenagem à Ludmila, o deputado Alan Lopes (PL) entrou mais uma vez em cena e pediu a verificação de votos, gerando uma longa discussão entre os deputados presentes. Representes do campo político da Direita leram letras de músicas de Emicida com críticas à atuação das forças policiais. Para os políticos, a concessão da Medalha Tiradentes diante de tal postura é inaceitável.
Durante a sessão, políticos de Direita e de Esquerda se antagonizaram, trocando ataques e ofensas. O embate tomou mais de uma hora de trabalho do plenário da Casa.
Para o deputado Luiz Paulo (PSD), cada deputado deve ser responsável pelas medalhas que indicar. Para isso, o plenário da Alerj deve aprovar uma resolução com a definição dos critérios a serem aplicados. Os deputados da legislatura anterior haviam acordado que não seria solicitada a verificação de votos para as medalhas. Para 2023, está claro que o acordo nada vale.
As informações são do jornais O Globo e Extra.
Perfeito ! Como tinha que ser !
“bravura, heroísmo”? estamos em pleno século 21. viver no brasil, sem ser branco, já é um ato heróico perse…
A concessão de medalhas deve ser mínima, pra casos especialíssimos e muito bem justificados. Bravura, heroísmo, coisas memoráveis por todos, grandes feitos! Obviamente o cara aí não se enquadra, a deputada PSOLista deveria ter comedimento (seria pedir demais!?) Quanto mais medalhas damos, MENOS elas valem e significam.
Uma pena se fosse aplicada ao rapper a máxima do Romário para o Pelé de que se “estivesse calado, seria um poeta”. É o seu instrumento de trabalho, que já foi relevante. O cantor saiu da linha alternativa e se celebrizou no discurso identitário e um pouco agressivo, se tornando figura fácil nas TVs. Tem trabalhos antigos que são memoráveis, letras e ritmos marcantes e que mudaram muito nos últimos anos. Para marcar diferença do que ele produz hoje, sugiro “Criolo e Emicida ao vivo” com participação dos Racionais, de 2013. Memorável. Se fosse por este trabalho, seria 70×0!