A deputada estadual Franciane Motta (MDB), esposa do ex-presidente da ALERJ Paulo Melo, quer proibir completamente a venda de cola de sapateiro no estado do Rio de Janeiro, que passaria a ser considerada substância entorpecente.
Na justificativa do Projeto de Lei 1632/1019, a deputada diz que os efeitos dos solventes, substância contida na “cola de sapateiro”, vão desde uma estimulação inicial, seguindo-se de uma depressão, podendo aparecer processos alucinatórios. Quando inalados, os solventes podem levar à destruição de neurônios, causando lesões irreversíveis no cérebro, lesões de medula óssea, nos rins, no fígado e a degeneração progressiva dos nervos periféricos que controlam os músculos. Os solventes causam tolerância, ou seja, levam o usuário a consumir quantidades cada vez maiores da mesma droga ou a recorrer a substâncias mais fortes para obter o efeito desejado.
Mas e as empresas que dependem do uso da substância? Para a deputada bastaria substituir pelo adesivo à base de água, que já estaria sendo utilizado pelo setor calçadista, pela indústria de móveis, carpetes e pela construção civil.
Apesar da lei da deputada, a cola de sapateiro já não é o grave problema entre jovens como anos atrás, com crack tendo ocupado o lugar, com efeitos muito mais devastadores. Desde 2006 a a ANVISA tem normas que determina a proibição da venda do produto para menores de 18 anos, além de exigir que os estabelecimentos comerciais atribuam um número de controle individual para cada uma das embalagens, que permita relacionar o produto à nota fiscal de compra.
[…] Via: RSS Feed […]
É mais fácil não é mesmo do que combater o mal em si. Se for proibido, teremos tráfico de cola de sapateiro.