Deputados fazem vistoria surpresa no Maracanã e flagram diversas irregularidades

Comissão da Alerj verificou ilegalidades na venda de ingressos, gratuidades, superfaturamento de alimentos e bebidas, entre outros problemas; ação também pretende coibir violência nos estádios

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Estádio do Maracanã - Foto: Divulgação/Prefeitura do Rio

Deputados de duas comissões da Alerj participaram, no último domingo, (19/03), de uma vistoria no Maracanã, antes e durante o jogo entre Flamengo e Vasco. A ação visava verificar medidas relacionadas à Segurança Pública, em razão dos recentes episódios de violência ocorridos no último dia cinco – quando os mesmos adversários deste domingo se enfrentaram pela primeira vez no ano. Dezenas de irregularidades e procedimentos inadequados foram flagrados pelos parlamentares, integrantes das comissões de Segurança Pública e de Esporte e Lazer.

Os deputados eram Rodrigo Amorim (PTB), Filipinho Ravis (SSD), Val do Ceasa (Patriota), Marcelo Dino (UBr), Carlinhos BNH (PP),  Índia Armelau, Alan Lopes, Felipe Poubel e Thiago Gagliasso (os quatro do PL).

“Este ano temos os quatro grandes do Rio na série A, e em novembro a final da Libertadores no Maracanã. É tempo de começarmos a resolver essas questões como desordem urbana no entorno, evasão de impostos com vendas sem nota fiscal e preços abusivos dentro do estádio por causa de monopólio”, disse o deputado Rodrigo Amorim.

A comissão recebeu diversas denúncias de torcedores. Uma delas é a de que o número divulgado de torcedores presentes e de gratuidades não condiz com a realidade. Inclusive haveria a suspeita de que ingressos gratuitos estariam sendo comercializados. As vendas dentro do Maracanã, tanto de produtos alimentícios quanto de material esportivo dos clubes, são feitas sem nota fiscal, e os preços são altos demais por conta de uma suposta exigência de exclusividade da empresa que vende cerveja e refrigerantes.

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As irregularidades eram diversas: nos carrinhos de pipoca, que não emitiam nota fiscal para nenhuma venda, os dados dos comprovantes de pagamento das compras eram diferentes da razão social que comercializa os produtos. Pontos de venda de bebidas e comidas também foram alvo da fiscalização, documentos foram solicitados e serão submetidos à análise por  parte da Comissão que também verificará aspectos da relação jurídica entre as empresas e o consórcio responsável pela gestão do estádio.

O grupo de parlamentares também circulou pelo estádio para garantir que o mínimo legal de ambulâncias estivesse à disposição em proporção a quantidade de espectadores e nesse ponto houve adequação às normas. Do lado de fora, no entanto, a comissão flagrou uma grande desordem pública: flanelinhas cometendo extorsão, ambulantes se espalhando pelas ruas, trânsito sem controle.

A comissão agora vai se apressar para aprovar um relatório sobre a vistoria de modo a pedir mudanças e providências já para os dias 2 e 9 de abril, quando Flamengo e Fluminense decidirão o Campeonato Estadual de 2023.

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