Desabamento leva Câmara do Rio a convocar audiência pública para discutir abandono de imóveis no Centro

Após dois desabamentos no Centro em menos de um mês, comissão informa que vai marcar uma audiência pública em abril

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Desabamento de casarão no Arco do Teles, Centro do Rio, em 7 de outubro de 2023 – Foto: Diário do Rio

Após o desabamento de um casarão histórico nas imediações da Central do Brasil, na Rua Senador Pompeu, que resultou na morte de uma pessoa nesta quinta-feira (20/3), a Comissão de Assuntos Urbanos da Câmara Municipal do Rio de Janeiro anunciou que realizará uma audiência pública em abril para discutir o abandono de imóveis no Centro da cidade. A decisão considera o fato de que dois imóveis desabaram na região em menos de um mês.

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A comissão também notificou a Subprefeitura do Centro, a Defesa Civil municipal e a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Licenciamento para que informem quais medidas foram adotadas para evitar esse tipo de tragédia.

O presidente da comissão, vereador Pedro Duarte (Novo), vem mapeando esses imóveis e cobrando providências do Poder Público desde 2021. Ele aponta que muitos desses imóveis pertencem à administração pública.

Um relatório elaborado pelo gabinete de Duarte, em 2021, identificou pelo menos 141 imóveis abandonados no Centro do Rio sob posse do município, do estado ou da União. “É inadmissível que até hoje não tenham sido dadas destinações a esses imóveis, colocando a população em risco e gerando insegurança para os moradores”, afirmou o vereador.

Casarão desaba nas imediações da Central do Brasil e mata uma pessoa

Um casarão histórico desabou no início da tarde desta quinta-feira (20/03) na Rua Senador Pompeu, próximo a Central do Brasil, provocando a interdição da via. No local do desabamento, funcionava uma loja de doces. O Corpo de Bombeiros foi acionado às 13h29.

Após o desabamento, uma densa nuvem de poeira cobriu a área. Até as 14h, os bombeiros tentavam resgatar uma pessoa presa dentro de um carro atingido pelos escombros, mas, segundo a corporação, a vítima não resistiu. Outros dois veículos foram atingidos, além de postes de iluminação que também caíram devido ao impacto.

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5 COMENTÁRIOS

  1. Ah!, finalmente ou NÃO, acredito em una solução da CÂMARA para essa questão de prédios de responsabilidade da administração pública(FEDERAL, ESTADUAL, MUNICIPAL) e também o por administração particular, tomem uma atitude drástica pata isso, como a desapropriação total por abandono.
    Não precisa nem ser por falta de pagamento Dr impostos, mas sim por falta de manutenção e até mesmo por GANÂNCIA DOS PROPRIETÁRIOS, que torcem para que o bem tomado ou não, chegue às Ruínas, desabe e estes vendidos a especulação imobiliária. É o que acontece.
    Vejamos o que vai aparecer no Solar que desabou na Mem de Sá nas últimas semanas.
    Inclusive tem que ser discutido, o abandono total dos prédios históricos e do mobiliário urbano que a cada dia que se passa estão desaparecendo.

  2. Aqui no Brasil é assim:Só se tomam providências depois que as tragédias acontecem. Aqui não se fazem as coisas pensando no futuro(ações preventivas).
    Essa problemática de imóveis abandonados não é só aqui no Rio.Tem isso em outras capitais do Brasil também.
    As autoridades e burocratas tinham que inventariar todos os imóveis abandonados.O que der para restaurar e transformar em alguma coisa útil,ótimo. Se não der para restaurar,tem que demolir e fazer alguma coisa útil no lugar.
    O maldito Estado brasileiro é eficiente para cobrar impostos e obrigações,mas para fazer as coisas para a população é uma morosidade…
    Se fosse em um país sério(por exemplo o Japão)essas coisas se resolveriam rápido.Mas aqui no Bostil tem que dar um chute na bunda para resolver.
    Me dá vergonha de ser brasileiro.

  3. O vereador “cri cri”, Pedro Duarte, é a favor do Corte de Gastos e austeridade fiscal.

    Ou vc tem imóveis no chão e Corte de Gastos ou vc tem imóveis restaurados e conservados. Os 2 não dá.

    A Conservação tem pouquíssimos funcionários e um orçamento modesto. O IPHAN idem, fora toda a burocracia.

  4. Enquanto a cidade tá desabando, matando pessoas, as ruas alagadas, o trânsito caótico e o transporte público superlotado, o prefeito está preocupado com o regime de trabalho dos empregados da Petrobras.

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