No dia 09/08, o DIÁRIO DO RIO comentou sobre a morte de 2 pessoas em São Paulo por conta de criptococose, popularmente conhecida como Doença do Pombo. Os casos deixaram em alerta as autoridades do Rio de Janeiro, onde tornou-se parte do cotidiano os cidadãos compartilharem locais públicos, como praças e ruas, com as aves.
Diante da repercussão, a Subsecretaria de Vigilância Sanitária e Controle de Zoonoses (Subvisa) informou que em 2017 foram analisadas 904 amostras e 1.163 em 2018, com uma delas dando positivo. Nos seis primeiros meses de 2019, foram analisadas 1.207 amostras, todas negativas para criptococose.
Além das análises, o órgão desenvolve orientação sobre a presença de pombos, cujas fezes albergam Cryptococcus neoformans, fungo que acomete seres humanos e animais domésticos e silvestres.
Nos 6 primeiros meses de 2019, foram analisadas 1.207 amostras, todas negativas para criptococose. As análises são feitas por técnicos do Laboratório Municipal de Saúde Pública (Lasp), em São Cristóvão, uma das unidades da Vigilância Sanitária.
As ações educativas são feitas a pedido da população em geral, de escolas e outras instituições, por meio da Central 1746. Técnicos do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ, em Santa Cruz) prestam os esclarecimentos sobre a prevenção.
A aglomeração de pombos se dá pela facilidade de abrigo e alimentação oferecida por humanos. Por isso, uma das orientações é evitar dar comida aos animais. Essas e outras informações foram prestadas recentemente à população durante a Convisa Rio, conferência nacional realizada pela Vigilância Sanitária. Além de palestras e exposição de acervo histórico, o encontro serviu para dar explicações sobre zoonoses, como a criptococose.
Entre as medidas de prevenção, está a importância de higienizar com solução desinfetante o local onde há fezes. A limpeza deve ser feita com equipamentos de proteção como luvas e máscaras apropriadas. Para evitar a suspensão de partículas com a possível contaminação, as fezes devem ser umedecidas antes da remoção.
Após a higienização do ambiente, é muito importante a adoção de barreiras físicas para manter os pombos afastados. Alguns exemplos são a instalação de telas, a vedação dos locais por onde as aves possam passar, a implantação de espículas sobre muros e muretas para impedir o pouso e ainda o uso de gel repelente em determinados suportes de pouso, como madeiras de sustentação do telhado. Em grandes instalações, há controle de pombos até por meio de aparelho repelente que gera um campo eletromagnético.