Mais uma década vivida A segunda do milênio três O mundo mudou tanto em vinte anos Parece que a vida começou outra vez Se vinte fosse idade humana A terceira já seria adulto formado Mas em se tratando de tempo Esse espacinho nem é passado Rapidamente a tecnologia nos impôs Um "SERMOS" tão individuais Que nos achamos "os diferentes" E nem vemos que agimos "tão iguais" Pensar virou coisa fora de moda Mesmo achando "fui eu quem pensou" Muitos vão no fácil "copiei & colei" O que alguém "dia desses já postou" A informação é tanta e fácil Que nos "adonamos" das verdades Sabemos tudo sobre tudo "Outras opiniões" viraram futilidades Contudo, porém, todavia, entretanto Esse novo caminhar tão veloz Está mostrando que muitos conceitos Funcionavam, mas no tempo dos avós Sempre que o "novo grande" acontece As gerações se degladiam As de trás dizem "ah no meu tempo" As atuais se vangloriam Pra não irmos muito longe Vejamos a Revolução Industrial Céu pra uns, inferno pra outros Gov. capitalista x Campones/Artesanal Morse, Grambel deram a impressão Que ninguém mais precisaria "viajar" Se "batesse a saudade" bastava Telegrama dizendo"amanhã vou telefonar" Thomas Edison pra sair com a namorada "Encapou" a lâmpada e vendeu a patante Arranjou outra, inventou o fonógrafo Duro que estava, vendeu novamente O rádio impactou, mas cheio de pais O russo David, o gaúcho padre Roberto Mas se vale quem corre e documenta O italiano Marconi foi mais esperto Ainda teve o "embate" do avião Onde o Dumont foi mais ligeiro E com seu insistente 14 BIS Exportou o jeitinho brasileiro Dentre as novidades uma bem maior Oferecia som & imagem Todos babando para tê-la Mas como sempre primeiro a grãfinagem Após a segunda grande guerra Ela se espalhou pelo mundo E ao permitir acesso de milhões Alcançou rapidinho sucesso "rotundo" Até os noventa do séc. XX Ela reinou total e absoluta Mas com a virada do milênio A moçada acordou e foi à luta Com a criação da Internet E em seu bojo as redes sociais Ninguém quer mais "só ver e ouvir" Quer OPINAR, às vezes até demais É até fácil entendermos que Com a criação de tanto espaço E todos querendo "se impor" Geraria esta enorme "queda de braço" Acredito que um tempinho vai levar Mas as gerações abrirão espaço Para ver que "somando seus saberes" Finalmente poderão "partir pro abraço"!
Com os meus parabéns ao Dionísio Tremura, algumas trovoadas, como homenagem…
A madrasta desistiu de ser bruxa
Afinal, era mais bonita que a Xuxa
Faturou com a beleza
E montou uma empresa
A Maçã celulares, vira febre e faz fila que vira a esquina
E a segunda mais linda do mundo se torna ricaça total
Apesar de tanta glória, acha que mais maldade combina
E em vez de veneno cria um vírus mortal
O primeiro aparelho, vai para a bela enteada
Os seguintes, para os anões, todos imóveis, enfeitiçados
Os demais ganham mundo, para satisfação da malvada
Agora todos os olhos são fixos e os rostos iluminados
Todos grudados nas telas, mudos, estupefatos
Sem sequer imaginar o que ao seu lado ocorria
Assim, deixaram a vida, para virar aparatos
Enquanto a madrasta ferina, olhava pro espelho e ria
Espelho, espelho meu, por ser eu tão astuciosa
Quero que tanta magia, muito adiante me leve
Até ser a primeira, mais rica, linda e maldosa
Agora que todos os rostos não passam de lânguidos brancos de neve…
Sensacional! Excelentes “trovo…adas”!!!