DJ Julio EleMesmo: Regras de etiqueta do público para o DJ ou artista

Sabe aquela máxima “O cliente sempre tem razão”? Quando se trata de público, a razão fica 50/50. E olhe lá

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Quem nunca ficou com vontade de pedir música praquele cantor da churrascaria que atire o primeiro couvert. E que DJ ou músico nunca passou por uma situação de total desconforto com um cliente pedindo aquele clássico do Amado Batista bem no meio que a pista de dança rebola ao som de funk ou quando o coro está comendo no meio do pagode que atire o primeiro ‘já já eu toco, amigão’. Pois aqui, caro ‘queridão que pagou pra entrar’, te darei um manual infalível – mas que pode falhar – para conseguir ter os seus pedidos aceitos.

Primeiro: Não! Você não está pagando pra gente tocar pra você. Eu sei que é uma verdade chocante isso que eu vou te falar, mas não somos conta Premium de serviço musical. Pode até soar um pouco grosseiro da minha parte – e talvez a intenção seja essa -, mas o seu gosto musical não é o centro das atenções. Você pode pedir a música, mas nunca em hipótese nenhuma argumente algo como “você trabalha pra mim”.

Segundo: Olhe para a pista e veja se o seu pedido faz sentido ou se há contexto pra ele. Eu acho muito fofo que você e sua esposa tenham se conhecido em um show do José Augusto e queiram ouvir “Aguenta Coração”, mas se ta rolando uma sequência de axé e está todo mundo dançando É o Tchan, convenhamos que ninguém vai querer ver os pombinhos dançando solitários no meio da pista do bar ou da boate, não é? Claro que você não tem a obrigação de saber o termômetro da pista, mas se a DJ ou a cantora se recusarem a tocar naquele momento, entenda que não é pessoal e ninguém está fazendo pouco caso da sua linda história de amor. Quando vocês fizerem bodas de ouro, me chamem que eu terei o prazer de tocar só pra vocês dançarem coladinhos no meio da pista.

Terceiro: MANTENHA SUA CERVEJA LONGE DA GENTE. Seja o microfone, o violão ou a controladora, o equipamento que está proporcionando a música naquele momento tem aversão a líquidos, diferentemente da maioria dos operadores dos ditos cujos. Na dúvida, ao invés de chegar equilibrando um copo de caipirinha em cima do nosso material de trabalho, chega no cantinho e oferece uma cerveja pra gente sem derramar em cima de nada.

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Quarto: Pedidos anotados em papel ajudam mais. Muitas vezes a música está alta, então você chega para pedir XOTE DOS MILAGRES, do Falamansa, mas a gente entende NATASHA, do Capital Inicial, então prefira o guardanapo na hora de fazer pedidos. Ah! Outra dica é anotar o pedido em uma nota de 50 reais. Não garante que a gente vai tocar, mas ajuda a pensarmos com carinho (você não está pagando para tocarmos para você do mesmo jeito. Deu o dinheiro porque quis).

E a quinta é ultima dica: curta o que está rolando até que chegue a sua vez. Pensa comigo: a pista está animada, todo mundo dançando e você pede pra tocarem CHEIAS DE MANIAS, do Raça Negra, mas enquanto não toca a sua música você fica lá, em pé, de cara amarrada, de braços cruzados, nitidamente reclamando do que está rolando. Você acha que alguém vai querer te agradar assim? Feio demais essa birra, então curta! A animação e a educação agradam muito mais do que a imposição e a insistência.

E o mais importante de tudo é: RESPEITO. Saiba que da mesma maneira que você está curtindo sua folga, nós estamos trabalhando. Respeite o nosso trabalho assim como respeitamos o seu lazer. Com respeito, um latão gelado de cerveja e uma nota de um galo você vai longe!

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