Mas não me resta dúvida que se fosse outro o governador, de outro grupo político e não aquele liderado por um homem condenado a mais de 45 anos de prisão, Sergio Cabral (PMDB/Benfica), a situação de nosso estado não teria chegado a esse ponto. Talvez se tivéssemos engolido nosso preconceito e escolhido Crivella para governador em 2014, a situação estaria melhor.
Veja bem, Cabral é um político com quase duas dezenas de denúncias, um corrupto de nível estratosférico, e até hoje não foi expulso do PMDB de Pezão e nem uma única crítica. Mas também, como criticar? Pezão foi seu vice, foi seu secretário de obras e também há indícios, de acordo com a Polícia Federal, de ter recebido propina.
E continua em outras figuras de destaques do PMDB, seja Jorge Picciani ou Eduardo Paes. Nenhum deles solta notas criticando ou pedindo a expulsão de Cabral. Afinal, ambos também tem seus nomes envolvidos em escândalos, além de deverem muito ao ex-governador.
Como pedir mais segurança no Rio de Janeiro se o próprio Palácio Guanabara é um ninho de criminosos? E, no mínimo, desde Moreira Franco, como já mostrei em um editorial, todos governadores eleitos do Rio tem alguma denúncia contra eles.
O Rio é dominado por bandidos, e a culpa é nossa! Agora esperar em 2018 e darmos o recado nas urnas!