O bairro conhecido por seu clima acolhedor, que mistura história com tradição popular virou personagem principal de um documentário da TV Brasil, intitulado “Estação Oswaldo Cruz”. Sob a orientação de Marquinhos de Oswaldo Cruz, o curta-metragem mergulha nos locais artisticamente conectados ao bairro, revelando suas raízes profundas na cultura do samba.
O filme destaca a última edição de uma festa lendária que ecoa há quase três décadas: o Trem do Samba. Partindo da Central do Brasil, os vagões do trem abrigam diversas rodas de samba em seu percurso rumo à estação de Oswaldo Cruz, na Zona Norte. Lá, palcos, bares e espaços próximos à estação se transformam em cenários vibrantes para shows e celebrações.
Embalado do espírito das rodas de samba, o documentário tece a história de Paulo da Portela, um dos primeiros grandes agitadores culturais do bairro. Em uma época em que o samba era perseguido, Paulo aguardava o fechamento das portas dos trens na Central para iniciar rodas de samba nos vagões, uma prática que inspirou o famoso Trem do Samba.
Oswaldo Cruz se tornou um polo de encontro para os amantes do samba no passado. Locais como as casas de Dona Esther e Tia Doca serviram como pontos de convergência para sambistas, atraindo até mesmo artistas conhecidos do grande público. De lá emergiram renomados compositores de samba, como Candeia, Mijinha, Manacéia, Jorge Bubu, Alcides Malandro Histórico, Argemiro, Chico Santana e Monarco, reverenciados como mestres tanto pelos sambistas quanto pelos grandes nomes da música.
Além disso, Marquinhos de Oswaldo Cruz organiza há 15 anos a Feira de Yabás, um evento mensal que celebra o samba e a gastronomia negra carioca.
Oswaldo Cruz, conhecido como o berço da Portela, a maior campeã do Carnaval carioca, é um bairro tipicamente residencial, com aproximadamente 40 mil habitantes. Sua história se entrelaça com a da estação ferroviária inaugurada em 17 de abril de 1898, marcando o início de uma trajetória cultural rica e inspiradora que ressoa até os dias de hoje.
O Samba é só um dos muitos subgêneros que surgiram do Choro Carioca.
Por que tanta idolatria ao Samba e o esquecimento do Choro Carioca?!