Documentos do Arquivo Nacional foram afetados por enchentes no Rio

Instituição afirma que documentos não foram danificados; servidores do Arquivo contrariam afirmação e alegam que peças, importantes para a história do Brasil, podem nunca mais serem recuperadas

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Foto: Divulgação/Redes sociais

Neste mês de fevereiro muitas chuvas atingiram a cidade do Rio e causaram diversos problemas com alagamentos. E as inundações chegaram a invadir até Arquivo Nacional. A água inundou várias salas do local e sete caixas com documentos importantes ficaram totalmente molhadas.

De acordo com o governo federal, por meio do Ministério de Gestão e Inovação em Serviços Públicos, todo o acervo que estava nas áreas mais afetadas pelas chuvas foi removido para locais seguros. Em nota, administração do Arquivo Nacional afirma que os documentos molhados foram submetidos a um processo de secagem e não foram danificados.

Em visita ao Arquivo Nacional após as chuvas, Cilair Abreu, secretário de Gestão Corporativa do Ministério de Gestão e Inovação em Serviços Públicos, ao qual o Arquivo Nacional está subordinado, se comprometeu a realizar obras, a curto prazo, para acabar com os vazamentos no prédio histórico.

O Arquivo Nacional faz parte da estrutura do MGI e guarda um vasto e rico acervo, que conta parte importante da História do Brasil. Tanto em sua sede, no Rio de Janeiro, como em sua Superintendência Regional em Brasília, o AN trata, preserva e dá acesso a um patrimônio documental brasileiro.

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A instituição possui milhões de documentos textuais (que se fossem empilhados somariam 55 quilômetros), cerca de 1,91 milhão de fotografias e negativos, 200 álbuns fotográficos, 15 mil dispositivos, 4 mil caricaturas e charges, 6 mil cartazes e cartazetes. Também fazem parte do acervo 1 mil cartões postais, 1,2 mil desenhos, 200 gravuras e 21 mil ilustrações, 44 mil mapas e plantas arquitetônicas, filmes, registros sonoros e uma coleção de livros que supera 112 mil títulos, sendo 8 mil raros.

Outra versão

Os servidores da instituição, ouvidos pelo G1, afirmam sim que arquivos da Família Real portuguesa, com mais de 400 anos, ficaram completamente molhados e podem nunca mais ser recuperados.

Esta informação contraria uma nota divulgada pela administração do Arquivo Nacional, que admitiu material molhado, mas negou a destruição de documentos.

“A direção soltou uma nota dizendo que não houve dano e que os documentos foram recuperados. Só que isso é uma piada para qualquer pessoa que trabalha com arquivos. Esse tipo de documento não pode ser molhado assim. Ele pode ser recuperado, mas já foi danificado. A vida útil desse material foi muito prejudicada”, completou o funcionário ao G1.

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