Cardeal-arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani Tempesta visitou, neste domingo (31/10), o início das obras na Igreja Nosso Senhor do Bonfim e Nossa Senhora do Paraíso, no bairro de São Cristóvão, na Zona Norte da Capital Fluminense. A Igreja fica bem no encontro da Avenida Brasil com o viaduto do Gasômetro, e sua cúpula em mosaico chama atenção dos passantes, assim como seu abandono há muitos anos. O fluxo de automoveis no local é enorme e a Igreja tem muita visibilidade.
Dom Orani aproveitou a ocasião para abençoar o trabalho de restauração do templo religioso, que está a cargo da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro (ArqRio). A edificação fica localizada no número 241 da Rua Monsenhor Manuel Gomes, próximo da Avenida Brasil.
Também estiveram presentes na visitação, o vigário episcopal do Vicariato Urbano, padre Wagner Toledo Moreira, o pároco da Paróquia São Cristóvão, padre Edmar Augusto Costa e o administrador da igreja, padre Álvaro José Assunção Inácio da Silva. Também o Seminarista Fernandes Elias, engenheiros, construtores e benfeitores.
Tombada pelo município em 2007, a igreja construída em estilo barroco tradicional, estava abandonada há pelo menos dez anos, chegando a ter sido interditada pela defesa civil em 2018, em função das estrutura apresentar sinais de desgaste.
Fundada em 1851 por Luiz Baptista Corrêa, baiano e devoto do Senhor do Bonfim que trouxe o culto para o Rio de Janeiro, a igreja recebeu, em 16 de fevereiro de 1859, provisão de edificação, e foi benta em 19 de outubro de 1862.
Já em abril de 1864, a Irmandade do Senhor do Bonfim e Nossa Senhora do Paraíso teve compromisso aprovado pela Arquidiocese do Rio de Janeiro, ficando responsável pelo imóvel.
A área onde se localiza a Igreja acabou se tornando por muitos anos muito mais industrial que residencial, perdendo freqüentadores. Com os problemas financeiros experimentados pela Irmandade, a Igreja ficou fechada por anos e agora passou a ser responsabilidade da Arquidiocese, que está tomando conta diretamente da sua revitalização.
Agora depois que a igreja foi vandalizada é que vão reformar? Só espero que a verba dessa reforma não saia dos cofres do estado, do município e nem dos cidadãos cariocas, pois as religiões, (todas elas), sempre tiveram dinheiro para bancar os luxos de seus dirigentes.