Em celebração ao Dia da Consciência Negra, a Defensoria Pública da União (DPU) promoverá, na próxima quarta-feira, 20 de novembro, o lançamento do documentário “Cais do Valongo: Luta pela Memória e Reconhecimento”. O evento será realizado no Instituto de Pesquisa e Memória Pretos Novos (IPN), na Gamboa, Rio de Janeiro, a partir das 16h.
Programação
A atividade contará com uma recepção e uma mesa de abertura, seguidas pela exibição do documentário. Após a sessão, às 17h, haverá uma roda de conversa com especialistas, representantes do movimento negro e autoridades, abordando a importância do Cais do Valongo como símbolo da resistência e memória afro-brasileira.
O evento contará com a participação do defensor público-geral federal, Leonardo Magalhães, além de outros nomes de destaque, como:
- Maria Lídia Moraes, presidente do Instituto Ilê O Dara e organizadora da Lavagem do Cais do Valongo.
- Mãe Edekzuita de Oxalá, advogada, Yalorixá do Ilê Obá N’lá e idealizadora da Lavagem do Cais do Valongo.
- Cláudio de Paula Honorato, historiador e coordenador do núcleo de pesquisa do IPN.
- Natália Von Rondow, defensora pública federal e membro do Grupo de Trabalho de Políticas Etnorraciais da DPU (GTPE).
- Yuri Costa, defensor público federal e coordenador do GTPE.
Cais do Valongo: patrimônio da resistência afro-brasileira
O Cais do Valongo, localizado na zona portuária do Rio de Janeiro, foi o principal ponto de chegada de africanos escravizados nas Américas entre 1775 e 1830. Reconhecido como Patrimônio Mundial pela Unesco em 2017, o local preserva mais de 510 mil itens arqueológicos, testemunhando a diversidade cultural e a resistência dos povos africanos.
A DPU, em parceria com o Ministério Público Federal (MPF), desenvolve projetos que visam à proteção do Cais do Valongo e à valorização da memória negra. Entre as iniciativas estão:
- O Projeto de Lei nº 4.894/2020, que propõe a criação do Museu da História da Escravidão e da Consciência Negra.
- O Projeto de Lei nº 2.000/2021, que estabelece diretrizes para a proteção do Cais do Valongo como espaço sagrado.