As imagens que circularam nas redes sociais do pitbull doente e com sinais de maus-tratos jogado vivo na caçamba de lixo, no bairro de Todos os Santos, na Zona Norte, geraram ou deveriam gerar dois sentimentos: a indignação e a comoção em todos cariocas que têm um mínimo de humanidade.
Resgatado por Thiago Gouveia, o cão foi batizado com o nome Coragem e, infelizmente, após lutar bravamente contra a morte por uma semana, não resistiu e faleceu. Em nome de todos que atuam na causa animal, quero agradecer a atitude de Thiago e pedir desculpa ao Coragem. O poder público e a humanidade falharam mais uma vez.
Falharam quando ele sofreu maus-tratos no lugar que deveria ser o seu lar. E falharam de novo, quando ele foi abandonado. Além de um ato cruel, o abandono é um crime previsto na Lei Federal nº 9.605, com penas de 1 a 5 anos de prisão. O caso do Coragem não foi um fato isolado. A nossa cidade vive um grande aumento de violência contra os animais. Nem mesmo a possibilidade do indivíduo estar cometendo um crime inibe o crescimento dos casos aqui no Rio de Janeiro.
Dados mais recentes divulgados pela Linha Verde, do programa Disque Denúncia, mostram que a Capital Fluminense é o município do estado que mais registra maus-tratos contra animais, com 28.149 casos, registrados no período de 2018 a março de 2024.
Liderando o ranking dos bairros com maiores índices de crueldade estão Campo Grande (2.291), Jacarepaguá (1.165), Realengo (1.010), Bangu (858) e Santa Cruz (857).
Uma triste realidade que assola o nosso município.
Denunciar e investigar seriamente os casos de maus-tratos contra os animais é um dever das autoridades públicas. Eu como vereador luto, trabalho e não me calo diante desse cenário. Esses números retratam o que esses animais, que não têm voz, pedem, que é socorro!
E as perguntas que eu faço são até quando eles serão vítimas de maus-tratos? Até quando esse tipo de violência será tolerado? E porque numa cidade com altos índices de violência e de crimes como o Rio de Janeiro, investigar crimes contra animais é prioridade?
Vários são os estudos que relacionam a violência contra os animais com outros tipos de violência, principalmente a doméstica e mostram que quem agride um animal indefeso é capaz de agredir uma criança, uma mulher ou, até mesmo, um idoso. O agressor de Coragem foi identificado, graças à repercussão do caso, mas, quantos agressores continuam alimentando o ciclo de violência sem que as autoridades tomem ciência?
É preciso conscientizar a população de que os animais têm sentimentos e sofrem. E a maneira como os tratamos é reflexo de como nos relacionamos com os mais vulneráveis, humanos ou animais. No mês de abril, temos no dia 04, o dia mundial dos animais de rua, e também o Abril Laranja, um mês inteiro dedicado à prevenção da crueldade aos animais.
Deixo aqui um convite para que cada cidadão faça a sua parte sendo vigilante com os animais que tem um lar e com aqueles que estão em situação de rua e sempre denuncie casos de maus-tratos.
Juntos podemos fazer a diferença! Faça a sua parte. Para denunciar crimes contra os animais, você poderá entrar em contato com a Linha Verde do Disque Denúncia, através dos telefones (21) 2253-1177 e 0300 253 1177, ambos com WhatsApp anônimo.
E espero que a história do Coragem sirva de exemplo para todos nós e o agressor seja punido pela extrema crueldade.
São falsos defensores da causa animal esses que defendem aprisionamento de animais e posse junto às pessoas ao invés da liberdade.
Também nunca ouvi nenhum desses ditos “defensores dos animais” se pronunciarem dura e abertamente contra a pescaria por esporte ou lazer. Rasgar a carne de um animal marinho com um anzol metálico e afiado, só para “relaxar” ou “se divertir”, é o símbolo máximo do sadismo.
Manter quaisquer aves engaioladas devia ser considerado maus tratos…
Fora aqueles passarinhos engaiolados em residências e aquelas que têm asas aparadas, ambas sem poder usá-las para voar… e ainda nas lojas às dezenas num mesmo espaço…
Mas quem se interessa? Os que se intitulam defensores dos animais? Piada… esses apenas tem olhos e atuam na causa de animais de quatro patas porque dá voto…
Depende muito também de quem possui essas quatro patas: cachorros, inseridos aqui pelos humanos, têm muito mais direitos garantidos do que gambás, nativos do local, sendo que os cachorros são predadores ferozes dos gambás, que por sua vez não desenvolveram mecanismos de proteção natural contra esses agressores.
Os fingidos defendem a proteção de PETS, pois movimentam a indústria e o comércio do segmento. Todos os outros que se explodam.
Exatamente…
Quando refiro a pets de quatro patas, cães e gatos.
Veja a situação das girafas selvagens, importadas pelo RioZoo, irregularmente, mantidas em espaços inapropriados até hoje. Cadê o pessoal dos direitos dos animais fazendo barulho???
Perguntinha provocativa: por que zoológicos ainda existem?