Quando comecei este blog, em 2007, época das obras do Pan do Rio me lembro que muita gente criticava a construção do Engenhão. Achavam que seria uma obra inútil, um elefante branco, desperdício, etc… mais ou menos o que se fala hoje da Cidade da Música. Agora nem parece que houve estas críticas…
A Veja Rio desta semana fez uma matéria falando sobre o Engenhão, com o título “A Vez do Número 2”, já que com o Maracanã fechado para obras da Copa do Mundo, será o Engenhão o estádio a ser usado pelo Fluminense, que já acertou com o Botafogo e, provavelmente, o Flamengo que mudou o mando de campo para Volta Redonda, mas está se acertando com a diretoria alvi-negra.
Leia um trecho da matéria da Veja Rio. Mas antes, se o Rio não tivesse o Engenhão… os jogos cariocas poderiam acontecer até fora do estado, e aí? Até 2012 só com o Vasco jogando no São Januário…
Substituir um ícone como o Maracanã não é tarefa simples, principalmente para uma arena com apenas a metade do tamanho. Mas, mesmo sem seu gigantismo, o Engenhão se sai muito bem em uma comparação direta. Cinquenta e sete anos mais novo e bem mais moderno, ele passa a sensação de amplitude e arejamento — coisa que não acontece no velho estádio. Seu desenho permite uma excelente visão do campo, mesmo dos pontos mais distantes. Para o público, a troca será vantajosa em muitos sentidos. Quem chega de carro, por exemplo, encontra o triplo de vagas no estacionamento. Também é mais fácil comprar um lanche, ir ao banheiro, entrar e sair das arquibancadas (o único ponto fraco é o trajeto para quem vem de carro pela Linha Amarela, mas a prefeitura vai iniciar obras que facilitarão o acesso). Até agora, essa bela estrutura à disposição dos torcedores cariocas tem sido subutilizada. Estão sendo realizados ali somente quarenta jogos por ano, pouco mais de um terço de sua capacidade. Com o fechamento da principal praça esportiva do Rio, esse número deve dobrar. Ao menos, é a expectativa do Botafogo. A direção investiu recentemente 250 000 reais em melhorias a fim de tornar o gramado mais resistente ao novo ritmo de partidas. Para atrair Fluminense e Flamengo (até segunda ordem, o Vasco continuará em São Januário), os alvinegros acenam com vantagens na exploração publicitária e participação na renda dos espaços comerciais. O propósito de tal esforço é claro: receber tricolores e rubro-negros significará um substancial aumento de público, o que potencializará a receita. Em 2009, o Engenhão rendeu 58 milhões de reais ao clube da Estrela Solitária e seus parceiros. A estimativa é que, no próximo ano, esse valor aumente em pelo menos 30%.
Desde o fim do ano passado, o Botafogo toca um ambicioso plano de modernização do Engenhão. A ideia é justamente aproveitar os anos em que ele reinará absoluto como o principal estádio do Rio para transformá-lo em um lugar versátil, que conjugue esporte e entretenimento, nos moldes da Allianz Arena, do Bayern de Munique, construída para a Copa de 2006, na Alemanha, e do Emirates Stadium, sede dos jogos do Arsenal, em Londres. Em novembro, o Botafogo contratou a Pepira Empreendimentos, especializada em consultoria e administração de shopping centers, e o empresário Luiz Calainho para comandar o complexo. “Somos capazes de administrar o futebol, mas não estávamos preparados para tocar um empreendimento comercial, que deve ser gerido sob o ponto de vista do torcedor-cliente”, afirma Sérgio Landau, diretor executivo botafoguense. Os primeiros resultados da parceria já são visíveis na área de alimentação, onde oito redes de fast-food, entre elas Bob’s, Doggis, Casa da Empada e Forno de Minas, se instalaram em doze pontos. Até dezembro, outras doze lojas ficarão prontas e há planos para a construção de mais três restaurantes, todos com vista panorâmica em relação ao campo. Entre os projetos de médio e longo prazo estão a construção de um novo campo de treinamento para receber uma seleção participante da Copa de 2014 e a ampliação da capacidade de 46 000 para 60 000 espectadores com vistas à Olimpíada de 2016, quando o Engenhão abrigará competições de futebol e atletismo.
Abaixo Cesar Maia fala um pouco do Engenhão, do Pan e seus legados: