Economia brasileira avança no segundo trimestre de 2022; setor do turismo lidera

Turismo teve aumento de 4,4; o crescimento do PIB é acima do patamar pré-pandemia.

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Vista aérea do bairro do Recreio • Foto: Rafa Pereira, Diário do Rio

Nesta quinta-feira, (01/09), o Instituto Brasileiro e Geografia e Estatísticas (IBGE) divulgou um levantamento sobre a economia brasileira, e de acordo com o estudo o Brasil teve um avanço de 1,2% no segundo trimestre de 2022.  O crescimento vem na onda da alta dos serviços e do crescimento do consumo das famílias, a melhora do mercado de trabalho e os efeitos do FGTS e antecipação de 13º salário para beneficiários do INSS.

O IBGE ainda afirma que este é o quarto resultado positivo consecutivo do indicador após o recuo de 0,3% no segundo trimestre do ano passado, 2021. Em valores nominais, o PIB, que é a soma dos bens e serviços finais produzidos no Brasil, chegou a 2,404 trilhões de reais.

Esse resultado fez o PIB avançar 2,5% no primeiro semestre do ano. Com isso, a atividade econômica do país está 3% acima do patamar pré-pandemia, registrado no quarto trimestre de 2019, e atinge o segundo patamar mais alto da série, atrás apenas do alcançado no primeiro trimestre de 2014.

De acordo com o IBGE, o crescimento no segundo trimestre foi impactado pela alta de 1,3% nos serviços.

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“Os serviços estão pesando 70% da economia, então têm um impacto maior nesse resultado. Dentro dos serviços, outras atividades de serviços (3,3%), transportes (3,0%) e informação e comunicação (2,9%) avançaram e puxaram essa alta. Em outras atividades de serviços, estão os serviços presenciais, que estavam represados durante a pandemia, como os restaurantes e hotéis, por exemplo”, explica a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis.

Com o resultado, o subsetor de hotéis e restaurantes, entre outras atividades, está 4,4% acima do patamar pré-pandemia.

O Presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH), Alfredo Lopes, disse ao DIÁRIO DO RIO que é uma ótima notícia, mas já era esperada. “É um fruto do mercado internacional, que está novamente visitando o Rio de Janeiro. Como neste fim de semana, com a chegada do Rock in Rio, as ocupações estarão elevadas. Mas, também devemos dar crédito à volta dos eventos corporativos por todo RJ, que são importantes para a estabilidade da economia”, concluiu Alfredo.


Outros setores

Na indústria, a alta de 2,2% foi o segundo resultado positivo consecutivo do setor, após a queda de 0,9% no quatro trimestre do ano passado. Esse crescimento se deve aos desempenhos positivos de 3,1% na atividade de eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos, de 2,7% na construção, de 2,2% nas indústrias extrativas e de 1,7% nas indústrias de transformação.

A agropecuária, que havia recuado 0,9% no último trimestre, variou positivamente 0,5% no segundo trimestre deste ano. “Esse setor é muito ligado à sazonalidade. No semestre, a agropecuária vem caindo, puxada pela retração na produção da soja, que é a nossa maior lavoura. Isso impactou bastante o resultado da Agropecuária no ano”, diz Rebeca.

Ela acrescenta que, no trimestre, o resultado está relacionado ao menor peso da safra da soja no período comparado ao trimestre anterior e ao ganho de peso da safra do café, cuja produção deve aumentar 8,6% na comparação com o colhido no ano passado.

Sob a ótica da demanda, o consumo das famílias cresceu 2,6% no segundo trimestre, maior alta desde o quatro trimestre de 2020 (3,1%). “A alta do consumo das famílias está relacionada à volta do crescimento dos serviços prestados às famílias, em decorrência dos serviços presenciais que estão com a demanda represada na pandemia. Um reflexo disso é o aumento no preço das passagens aéreas, uma consequência do crescimento da demanda”, analisa Palis.

Segundo a pesquisadora, além da demanda reprimida, a melhora no mercado de trabalho e a liberação de 86 bilhões de reais em medidas para estimular a economia, como o saque emergencial do FGTS e a antecipação do 13º de aposentados e pensionistas do INSS, também impactaram o consumo, apesar da inflação e dos juros mais altos.

Em relação aos investimentos (Formação Bruta de Capital Fixo), houve aumento de 4,8%. “Esse crescimento está ligado às atividades de construção e de informação e comunicação. Nessa última atividade, o desempenho positivo está especialmente relacionado ao desenvolvimento de software. Essa é uma das atividades que foram menos impactadas pelos efeitos da pandemia, assim como o setor financeiro, a agropecuária e a indústria extrativa”. A taxa de investimento foi de 18,7% do PIB no segundo trimestre.

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