Ediel Ribeiro: O novo e o velho Tite

Colunista do DIÁRIO DO RIO fala sobre desempenho de Tite no Flamengo

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Depois da grande atuação e da goleada contra o Palmeiras, achei que, finalmente, Tite tinha abandonado seu velho estilo de jogo, dos tempos do Corinthians, onde 1 a 0 era goleada.

Na era Tite, no Corinthians – a fase mais vitoriosa na carreira do treinador -, 63 vitórias foram por 1 a 0. As vitórias saíam na bacia das almas.

O Flamengo iniciou a partida de ontem com a mesma postura da vitória sobre o Palmeiras. A equipe de Diniz passou o primeiro tempo sem dar um chute contra o gol rubro-negro. Sem uma chance de perigo criada, enquanto a de Tite teve pelo menos quatro, uma na trave.

Após um início arrasador da equipe do ‘novo’ Tite, no segundo tempo, o treinador voltou a ser o Tite ‘covardão’ do Corinthians. O treinador que montava seus times para jogar por uma bola.

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Depois de fazer um excelente jogo no primeiro tempo contra o pó-de-arroz, Tite, no segundo tempo do jogo, sentou sobre o 1 a 0 do primeiro tempo e tentou levar o jogo com a vantagem mínima até o final.

Não deu. O jogo mudou totalmente após as alterações de Tite no intervalo. O Flamengo recuou suas linhas e levou sufoco. E, em falha geral da defesa, cedeu o empate.

Aos 17 minutos do segundo tempo, Filipe Luís, que fez um bom primeiro tempo, mas, sem pernas, deveria ter saído no intervalo para a entrada de Ayrton Lucas, ficou olhando a bola alçada à sua frente e permitiu a cabeçada de John Arias para o meio da área.

No meio da área, todo mundo falhou. Do goleiro Rossi ao lateral Matheuzinho, todos ficaram olhando Yony Gonzales, deitado, empurrar a bola para o fundo do gol rubro-negro.

Assustado com o gol tricolor, o ‘velho’ Tite, para garantir ao menos o empate trocou Everton Cebolinha, que fazia um bom jogo ofensivo, por Thiago Maia que se limitou a tocar bolas para os lados; tirou Arrascaeta, o autor do gol e um dos melhores da equipe, por Everton Ribeiro que nada produziu; trocou Luiz Araújo por Bruno Henrique, que depois que teve a promessa da diretoria de que terá seu contrato renovado por 30 anos, nunca mais jogou nada e, pior, botou o inoperante Gabigol no lugar de Pedro, que dava trabalho a zaga do Fluminense.

Para piorar – se é que dava para piorar – Gabigol cavou uma expulsão e enterrou de vez o Flamengo.

Resultado: o ‘velho’ Tite não conseguiu garantir seu resultado preferido (1 a 0) e ainda se afastou dos primeiros colocados na tabela do campeonato.

É, parece que Tite só ambiciona mesmo a vaga para a Libertadores, e olhe lá!!

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Jornalista, cartunista, poeta e escritor carioca. É colunista dos jornais O Dia (RJ) e O Folha de Minas (MG) e Diário do Rio (RJ) Autor do livro “Parem as Máquinas! - histórias de cartunistas e seus botecos”. Co-autor (junto com Sheila Ferreira) dos romances "Sonhos são Azuis" e “Entre Sonhos e Girassóis”. É também autor da tira de humor ácido "Patty & Fatty", publicadas nos jornais "Expresso" (RJ) e "O Municipal" (RJ), desde 2003, e criador e editor dos jornais de humor "Cartoon" e "Hic!"
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